Camisa de força
A ministra Simone Tebet (Planejamento) está expressamente proibida de subir em palanques de candidatos do MDB em Mato Grosso do Sul, onde já reinou politicamente, e em outras cidades brasileiras nas eleições municipais de 2024. A ordem foi dada pelo presidente comunista, Luiz Inácio Lula da Silva, que vetou ela e outros ministros de partidos aliados, como União Brasil, PP e Republicanos, a usarem a estrutura para apoiar seus correligionários.
Fora da mira
Aliás, Simone Tebet não deve dar tanta atenção assim para a disputa eleitoral sul-mato-grossense, principalmente em Campo Grande, onde o pré-candidato do MDB é o ex-prefeito e ex-governador do Estado, André Puccinelli. É que os dois andam meio que distante desde as eleições para presidente da República, quando o italiano não pediu votos para a correligionária, que acabou em terceiro lugar na disputa palaciana, atrás de Lula e Jair Bolsonaro (PL).
Campo minado
De certo modo, segundo analistas políticos, Lula tem razão de vetar seu primeiro escalão de fazer campanha contra o Partido dos Trabalhadores, que trabalha para eleger o maior número de prefeitos e vereadores no próximo pleito. É que atualmente esses partidos aliados ocupam oito pastas na Esplanada dos Ministérios e apresentam candidatos concorrendo diretamente com o PT em diversas cidades do país, principalmente no Nordeste.
Guilhotina
O recado do líder comunista surge como uma espécie de freio de mão e ameaça aqueles que porventura desobedeçam as suas ordens fazendo corpo a corpo em seus principais redutos eleitorais. Em sua justificativa, Lula ressaltará que os ministros representam a o governo e não devem atuar de forma independente, uma vez que suas ações podem comprometer a imagem do Poder Executivo.
Em casa de ferreiro…
…o espeto é de pau. É assim que os subordinados do presidente devem estar interpretando a determinação antidemocrática, uma vez que ao contrário da ordem, Lula deve subir em pelo menos dois palanques não petistas nas eleições municipais do ano que vem: Guilherme Boulos (PSOL), em São Paulo, e Eduardo Paes (PSD), no Rio de Janeiro. Ambos os pré-candidatos devem ter vices do PT. Da mesma forma, o vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin (PSB) deve fazer campanha para Tabata Amaral (PSB-SP) na capital paulista.
Teste drive
A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), aparece em recente levantamento do Poder360 entre os gestores “competitivos” à reeleição nas capitais. De acordo com reportagem publicada pelo portal baseado em pesquisas eleitorais em 20 capitais, 11 prefeitos estão atualmente em 1º lugar ou empatados dentro da margem de erro nessa posição na disputa pela reeleição em 2024. A progressista encabeça a lista, seguida por Cícero Lucena (PP), de João Pessoa (PB); JHC (PL), de Maceió (AL); David Almeida (Avante), de Manaus (AM); Sebastião Melo (MDB), de Porto Alegre (RS); João Campos (PSB), Recife (PE); Tião Bocalom (PP), de Rio Branco (AC); Eduardo Paes (PSD), do Rio de Janeiro (RJ); Eduardo Braide (PSD), de São Luís (MA); Ricardo Nunes (MDB), de São Paulo; e Lorenzo Pazolini (Republicanos), de Vitória (ES).
Com informações: Willams Araújo/Conjuntura Online