Dose dupla
A senadora Tereza Cristina sofreu forte revés na semana passada. Primeiro, a decisão do Supremo Tribunal Federal que derrubou o marco temporal na demarcação de terras indígenas, o que, segundo ela, agrava a insegurança jurídica para grande número de produtores rurais no Estado. Em seguida, a confirmação da desidratação do PP em Mato Grosso do Sul. Seu partido perde duas prefeituras, caindo de 20 para 18. O estrago não é maior porque conquistou a prefeitura de Campo Grande com a adesão da prefeita Adriane Lopes.
Força do hábito
O escorregão verbal da ministra Simone Tebet (MDB) em evento do PAC e agenda do ex-presidente Michel Temer em Campo Grande, trocando o nome do governador Eduardo Riedel pelo do ex-governador André Puccinelli, de quem foi vice-governadora, ganhou espaço nas colunas dos principais comentaristas políticos. Vale lembrar que Simone sempre foi muito articulada, com falas bem precisas e inteligíveis, mas sofre com a ansiedade. Não é de hoje que, devido o ritmo apressado das falas, Simone acaba cometendo pequenas gafes.
Pano de fundo
Cerimonialistas estão sendo orientados para uma atenção especial na formação de “mesas” e “dispositivos” de autoridades nos eventos inaugurais em Campo Grande. Avaliando os registros de imagens de eventos potencialmente importantes do ponto de vista político, constatou-se que há muitos “papagaios de pirata” embaçando o brilho das solenidades e, principalmente, a imagem das lideranças.
Duelo de gigantes
Ninguém mais duvida que a sucessão na Capital sul-mato-grossense será um teste para eventual futuro candidato governista. Até agora entende-se como personagens do embate a virtual candidata do PT, Camila Jara, e o que vir a ser ancorado pelo PSDB (candidato próprio ou aliado). A dúvida é se o PP da prefeita Adriane Lopes vai ter força política para desequilibrar a disputa.
Agasalhado
Talles Tomazelli, prefeito de Itaquiraí, tem sido um frequentador assíduo da Governadora e volta e meia é visto pelos corredores das diversas Secretarias de Estado. Afinidade que por si só justifica sua filiação ao PSDB. Herdeiro da terceira geração de políticos que se sucedem no comando da cidade, Talles também herdou uma tradição – os altos índices de popularidade da família Tomazelli. Seja no PP, seu partido atual, seja no PSDB, o prefeito deve continuar como franco favorito à reeleição. Até o mês que vem ele pula para o ninho tucano e se tornará o 51º prefeito do partido do governo, assim que forem oficializadas as filiações dos prefeitos de Bonito, Josmail Rodrigues (PSB); Antônio João, Marcio Pé (sem partido); e de Angélica, Edison Cassuci (PDT).
Com informações: Willams Araújo/Conjuntura Online