Novo cenário
A disputa pela prefeitura de Campo Grande em 2024 tem tudo para ser marcada por um cenário inusitado, isso com o possível apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a prefeita Adriane Lopes (PP), agora afilhada política da senadora Tereza Cristina (PP-MS). A chefe do Executivo, que dias atrás sequer tinha planos de postular à reeleição, nutre esperança de enfrentar o rolo-compressor do PSDB, capitaneado pelo ex-governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, um dos pré-candidatos do partido, a exemplo do deputado federal Beto Pereira.
Queda de braço
Além da prefeita Adriane Lopes e do nome a ser escolhido pelo PSDB por meio de pesquisas qualitativas e quantitativas (Reinaldo ou Beto Pereira), o cenário eleitoral do próximo ano na Capital deve registrar a participação do ex-prefeito e ex-governador André Puccinelli (MDB) e outras lideranças políticas, como a ex-deputada federal Rose Modesto (União Brasil), atualmente no comando do orçamento milionário da Sudeco (Superintendência do Desenvolvimento do Centro Oeste). Entre uma articulação e outra em torno das alianças partidárias, quem tiver mais garrafas pra vender, terá o privilégio de administrar a prefeitura de Campo Grande a partir de 2025.
Missão
O ministro Alexandre de Moraes , do STF (Supremo Tribunal Federal), continua nos holofotes da mídia. Quando não é algo relacionado a Jair Bolsonaro (PL), que se tornou seu algoz desde o período da campanha eleitoral ao Palácio do Planalto, é com internautas ou seguidores do ex-presidente. Agora, está na cola do casal Roberto Mantovani Filho e Andreia Mantovani, que teria o atacado no aeroporto internacional de Roma, quando voltava de uma palestra na cidade de Siena. “Bandido”, “comunista” e “comprado”, teriam sido algumas das ofensas dirigidas ao magistrado.
Frigideira
Deputados federais e senadores de oposição ao governo devem apresentar um pedido de impeachment contra o ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal). A acusação de crime de responsabilidade veio a partir da fala do magistrado no Congresso da UNE (União Nacional dos Estudantes) contra o bolsonarismo. “Lutei contra a ditadura e contra o bolsonarismo. Nós derrotamos a censura, nós derrotamos a tortura, nós derrotamos o bolsonarismo para permitir a democracia e a manifestação livre de todas as pessoas”, declarou o ministro.
Fora da lei
Parlamentares argumentam que Barroso deveria ser investigado por crime previsto na Lei 1.079 de 1950, que proíbe ministros de exercerem atividade político-partidária. O deputado Carlos Jordy (PL-RJ) garante que a oposição teria reunido 12 assinaturas de senadores e cerca de 80 assinaturas de deputados para o pedido de impeachment. “Sabemos que o Rodrigo Pacheco muitas vezes não quer entrar em atrito com os ministros do Supremo e engaveta os processos de impeachment de crimes de responsabilidade que de fato aconteceram. Mas agora é um flagrante muito escancarado. Se ele engavetar, ele estará prevaricando”, ameaçou.
Com informações: Willams Araújo/Conjuntura Online