Diálogo
Os principais gargalos da proposta de reforma tributária do país voltaram a ser alvo de novas discussões em Brasília ao longo da semana. Favorável a inserção de pontos que tragam segurança financeira aos estados, o governador Eduardo Riedel (PSDB) reuniu-se com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e com o relator do texto na Casa, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). “A proposta é importante para o Brasil, mas precisamos ter resguardado o Mato Grosso do Sul que queremos, com capacidade de investimento e com resultado para a nossa gente”, cravou o líder tucano, no encontro, que serviu para ele levar sugestões aos cabeças coroadas do Congresso.
Auxílio
A importância da aprovação de uma reforma tributária justa também motivou os deputados estaduais, que vão debater na próxima semana, em audiência pública, os pontos de interesse do Estado. Elaborada por eles, a “Carta de Campo Grande” elenca pontos de preocupação e de críticas à reforma, devido a riscos previstos, como perda de competitividade, migração da receita da origem para o destino, fim da autonomia estadual e desindustrialização decorrente da extinção dos incentivos fiscais.
Boca no trombone
Antevendo uma possível derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que pode ficar inelegível até 2030 por tecer comentários sobre a fragilidade das urnas eletrônicas, o pastor Silas Malafaia publicou um vídeo com ataques ao TSE. Com ‘carta marcada’, os ministros começaram a julgar Bolsonaro e a tendência é a sua condenação, como articula o ministro Alexandre de Moraes, presidente da Corte, conforme desconfia a oposição. “Eu não vou me calar. O TSE deixou de ser Tribunal Superior Eleitoral para ser Tribunal Superior Político”, disparou Malafaia na gravação.
Tiro ao alvo
O pastor acusa o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, apelidado de Xandão pela oposição, de ‘comandar e manipular’ o tribunal para ‘perseguir’ o ex-presidente. “Ele tinha que ter a ética de ser sentir impedido de presidir o Tribunal Superior Eleitoral e se meter em questões políticas, porque ele tem lado”, acusa Malafaia.
Sobrou
Os ataques de Malafaia também são dirigidos ao Senado Federal, que é responsável por processar pedidos de impeachment contra ministros de tribunais superiores. “Não adianta apelar ao Senado, que podia dar uma basta nessa gente, formado por uma cambada de frouxos e covardes, evidente com exceções. Temos que apelar ao quê? Ao povo, o supremo poder de uma nação”, segue o pastor.
Com informações: Willams Araújo/Conjuntura Online