Os servidores da Secretaria de Estado de Saúde, principalmente os efetivos, estão sofrendo de insônia há 5 dias, desde que surgiu a notícia (ou boato) que o sucessor do médico e suplente de deputado federal Geraldo Resende no comando da Pasta não seria a atual secretária-adjunta Crhistinne Cavalheiro Maymone Gonçalves, professora de Saúde Coletiva na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e que teve papel de grande destaque no enfrentamento à pandemia de Covid-19, bem como na efetivação das políticas públicas de saúde do governo do Estado. O que tem tirado o sono dos servidores da Secretaria de Saúde, a ponto de nem Lexotan resolver o problema, seria a informação (ou boato) que o novo todo-poderoso da Pasta será Flávio da Costa Britto Neto, fiel escudeiro de Geraldo Resende há mais de 20 anos e que, também por indicação do amigo chegou a ser superintendente da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) em Mato Grosso do Sul, na época que o órgão tinha um orçamento maior que o da maioria dos municípios do Estado. A insônia dos servidores repousa no fato de Flávio Britto ter construído a fama de ser um sujeito pouco afável, não fazendo questão de ter a cortesia entre suas qualidades no trato com as pessoas. Se tem competência ou não para ocupar um cargo desta envergadura já é outra história, mas o fato é que caso seja mesmo nomeado para suceder Geraldo Resende no comando da Secretaria de Estado de Saúde estará abrindo espaço para ilações de todos os tipos, inclusive não-republicanas. Ao mesmo tempo, causa estranheza o eventual descarte de Crhistinne Maymone para o comando da Pasta diante de todas as sinalizações que seria ela a ungida por Geraldo Resende. Pelo menos foi essa a sensação que o próprio Geraldo deixou ao participar no dia 14 de março, portanto há duas semanas, da solenidade de acordo de cooperação entre a UFMS, a Secretaria de Estado de Saúde e a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (Fundect), para repasses de R$ 1,2 milhão ao projeto de pesquisa “Vigilância e Monitoramento Genômico, Imunológico e de Infecções Fúngicas Invasivas Associados à Covid-19 em MS”.
Elogiando Maymone
Durante a solenidade que aconteceu na Sala de Atos da Reitoria da UFMS, Geraldo Resende estufou o peito para proferir as seguintes palavras: “Vocês foram fundamentais e agradeço mais uma vez pela cedência da professora Crhistinne Maymone para nos auxiliar como secretária adjunta na SES. Mato Grosso do Sul, diferentemente de outros Estados e, até do país, criou uma unidade fundamental com as prefeituras e secretários municipais de saúde. Agradeço ao reitor e à Fundect, pois as pesquisas são importantes para realizarmos nossas ações de forma mais eficiente e rápidas”.
Descartando Maymone
É fato que a eventual nomeação de Flávio Britto ainda passará pelo crivo do governador Reinaldo Azambuja, mas mesmo que continue como secretária-adjunta da Secretaria de Estado de Saúde, a professora Crhistinne Maymone terá sido preterida para ocupar o cargo que conhece tão bem quanto o próprio Geraldo Resende. Como sempre esteve preocupado em, também, fazer política pelos municípios afora, é muito provável que Crhistinne Maymone conheça a Pasta melhor que o atual titular, razão pela qual o bom senso manda que ela seja promovida ao posto.
Organizações Sociais
Resta saber como será a relação com as tais Organizações Sociais (OS) após a saída de Geraldo Resende da Secretaria de Estado da Saúde. Não é segredo de ninguém que as tais “OS” são indústrias de problemas, quando deveriam ser mananciais de solução. Basta pegar como exemplo o que aconteceu com o Hospital Regional de Cirurgias de Dourados, que inicialmente foi entregue para Grupo de Apoio à Medicina Preventiva e à Saúde Pública (Gamp), que deixou um rombo em diversos setores, inclusive trabalhistas, depois passou a ser administrado pelo Instituto de Ação, Cidadania, Qualidade Urbana e Ambiental (Acqua), pela bagatela de R$ 4,2 milhões por seis meses, e agora está sob os cuidados do Instituto Social Mais Saúde.
Claque Douradense
A claque que saiu em motociata e carreata ontem de Dourados para bater palmas e gritar “mito, mito, mito” fez bonito durante o discurso do presidente Jair Bolsonaro (PL) no ato público de compra de votos no Distrito Nova Itamarati. O pessoal liderado pelo “sargento suco” não economizou no verde e amarelo e a cada frase de efeito do autopromovido capitão, a claque cumpria seu papel com esmero. Chegou a ser emocionante a histeria de alguns, ainda que para outros, como o “sargento suco” tudo não passava de estratégia para tentar fidelizar o voto na tentativa de virar deputado. Vai vendo!
Gordinho de Dourados
Por falar em presidente Bolsonaro, mais uma vez o presidente da República esqueceu o nome do seu grande amigo de Dourados. Depois do vídeo onde perguntou a meia dúzia de assessores o nome do “Gordinho de Dourados”, ontem o mito repetiu a dose e depois de citar textualmente simpatizantes como o deputado federal Luiz Ovando e o líder comunitário Portela, teve que estender o microfone para que alguém lembrasse o nome do tal “Gordinho”. Fica a dita aí para o povo que está acima do peso se lançar candidato e se apresentar como o legítimo amigo do presidente, já que Dourados está repleta de gordinhos. Eu que o diga!!!!
Contagem Regressiva
O clã Trad (aquela trupe que adora fazer compromisso e não honra nada com ninguém) inicia hoje a contagem regressiva para a renúncia ou não do prefeito Marcos Trad (PSD) no comando da Prefeitura de Campo Grande para se lançar candidato ao governo do Estado. Conhecido como prefeito Facebook, já que governa mais nas redes sociais que efetivamente no gabinete, caso opte pela renúncia a missão será mais dura que a do rei Leônidas e seus 300 guerreiros de Esparta na lutam contra milhares de homens do exército do rei Xerxes. Diz a lenda que Marcos Trad não contará com apoio nem mesmo dos vereadores do PSD caso se lance na disputa. Espia só!
Pessedê Douradense
A coluna apurou, por exemplo, que a eventual candidatura do prefeito Facebook não empolgou nem mesmo o pessoal do partido dele em Dourados. Questionada pela Malagueta, a vereadora Daniela Hall (PSD) afirmou que já está em outro projeto e já teria avisado o clã “promete mais não cumpre” que não poderia ingressar na aventura da família Trad. Se o cara não pode contar nem com o povo do próprio partido pelo interior do Estado, será que acredita que apenas os votos de Campo Grande lhe bastam para chegar ao Parque dos Poderes?
Escândalo em Naviraí
A Malagueta recebeu novos gravações de áudios ontem revelando que, de fato, o buraco é mais embaixo em Naviraí. Além do “pedágio sexual”, alguns setores da administração municipal estariam confundindo o público com o privado, sem falar, é lógico, que nem em vida a saudosa Dercy Gonçalves seria capaz de gravar áudios com tamanha baixaria, palavrões e confissões de esquemas não republicanos. Pelo jeito o pessoal do Ministério Público Estadual terá trabalho extra lá pelas bandas da bela Naviraí.