A detecção precoce oferece mais de 90% de chances de cura em diversos casos.
Em um artigo publicado no jornal O Globo, a médica Eduarda Tebet, que faz parte da assessoria técnica da SES (Secretaria de Estado de Saúde), ressaltou a importância de começar os exames de rastreamento para o câncer intestinal aos 45 anos. A publicação, divulgada na última segunda-feira (24), enfatiza a relevância do Março Azul, mês dedicado à conscientização sobre essa questão.
Membro da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva e coordenadora da campanha nacional Março Azul, Tebet sublinha que essa recomendação está alinhada com as diretrizes da OMS (Organização Mundial da Saúde) e pode salvar vidas ao diminuir a mortalidade relacionada à doença, uma das principais causas de morte por câncer no Brasil.
O câncer de intestino, designado colorretal – que afeta o intestino grosso e o reto – está diretamente relacionado a fatores de risco como obesidade, alimentação inadequada e sedentarismo. No artigo, assinado também pelo médico Marcelo Averbach, especialista da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva e coordenador da mesma campanha, os especialistas alertam que a doença tem “uma relação direta com o que comemos e o quanto nos movimentamos”. O texto ainda enfatiza que “se detectado cedo, o câncer de intestino tem mais de 90% de chance de cura. ”
Além do diagnóstico antecipado, Tebet apoia mudanças nos hábitos da população, principalmente em relação à alimentação e à prática regular de exercícios físicos, como forma preventiva. Os especialistas também ressaltam a necessidade de intensificar campanhas educativas sobre estilos saudáveis de vida como uma estratégia eficaz contra a doença.
Segundo os autores, o Brasil tem registrado um aumento na incidência desse tipo de câncer, o que reforça a necessidade de políticas públicas voltadas à prevenção.
A recomendação para iniciar o rastreamento aos 45 anos segue um movimento internacional de antecipação da triagem, diante do envelhecimento populacional e do impacto crescente da doença na saúde pública. Para Tebet, essa mudança pode representar um avanço decisivo na redução dos casos avançados e no sucesso do tratamento, disponibilizado pelo SUS (Sistema Único de Saúde) em Mato Grosso do Sul e em todo o País.
Com informações: Comunicação SES