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PL procura Murilo para ter candidatura própria em Dourados

por Marcos Santos
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O deputado federal Rodolfo Garcette Nogueira, presidente da Executiva Municipal do Partido Liberal (PL) em Dourados, está discutindo com o ex-prefeito Murilo Zauith, comandante do União Brasil, a construção de uma candidatura própria para disputar a sucessão do prefeito Alan Guedes (PP). A manobra do folclórico Gordinho teve início depois que ele foi informado que o ex-presidente Jair Bolsonaro passaria por Dourados, no dia 15 de maio, para anunciar a candidatura própria do PL à prefeitura. Rasteiro que ele só, o Gordinho abandonou o compromisso que havia firmado com o prefeito Alan Guedes, de seguir com o PP na chapa majoritária, e foi bater às portas de Murilo Zauith oferecendo a vaga de vice-prefeito ao União Brasil, colocando a esposa Gianni Nogueira como candidata da direita à prefeita de Dourados. Resta saber se após roer a corda, o Gordinho vai devolver os cargos que ganhou na composição com o prefeito Alan Guedes ou vai esperar as exonerações serem publicadas no Diário Oficial do Município. Antes de aterrissar em Dourados, no dia 15 de maio, Bolsonaro passará por Campo Grande com a promessa de lançar candidatura própria do PL à prefeitura da capital. Caso as duas agendas se confirmem, restará comprovado o rompimento de Bolsonaro com a senadora Tereza Cristina Corrêa da Costa, que foi ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento nos 4 anos do governo bolsonarista, mas que teria caído em desgraça com o ex-presidente quando deixou de comparecer ao ato de apoio que a direita realizou no dia 25 de fevereiro, na Avenida Paulista, em São Paulo. Há poucos dias, a senadora garantiu que o PL estaria junto com o PP tanto na disputa pela Prefeitura de Campo Grande, quanto em Dourados. Vai vendo!

Filhote do Democratas

É preciso reconhecer que faz sentido o Gordinho ter procurado o engenheiro de demolição Murilo Zauith para construir chapa com o Partido Liberal. Para quem não se lembra, Murilo Zauith era o comandante estadual do Democratas (DEM) quando ocorreu a fusão com o Partido Social Liberal (PSL), legenda pela qual Jair Bolsonaro se elegeu presidente da República. A mistura do DEM com o PSL pariu o União Brasil, partido com forte apelo à direita e que não tem cansado de se meter em escândalo por esse país afora. Na cabeça do Gordinho, a chapa PL/União seria de direita em Dourados, mas será que a direita pensa o mesmo? Pergunta lá o que a Cavala pensa disso!

Traição de Murilo

Caso seja levada adiante essa composição PL/União Brasil será mais uma traição do ex-prefeito Murilo Zauith com lideranças políticas de Dourados, principalmente com o deputado estadual Zé Teixeira que delegou ao fiel escudeiro Sidley Alves a missão de estruturar o União Brasil e montar a chapa de vereadores. Por orientação de Zé Teixeira foram para o partido do Murilo nomes como os ex-vereadores Pedro Pepa (esse da cota pessoal do deputado) e Jorginho Dauzacker; o líder comunitário Dill Canaã; o líder estudantil e assessor político Cassius Morais, entre outros nomes que deixaram o União Brasil prontinho para eleger uma bancada na Câmara de Dourados.  

Ambição de Bolsonaro

O ex-presidente Jair Bolsonaro tem dito que o Partido Liberal vai eleger cerca de 1.500 prefeitos em todo o Brasil nas eleições municipais deste ano, número quase quatro vezes maior que as 349 prefeituras conquistadas em 2020, quando ele estava na presidência da República, mas ainda não estava filiado à legenda. Aliás, mesmo figurando como chefe do Palácio do Planalto e trabalhando para ampliar a quantidade de municípios sob o comando da direita, o balanço das eleições municipais de 2020 revelou um verdadeiro fracasso de Bolsonaro, já que os candidatos apoiados por ele não conquistaram uma única prefeitura de Capital.

Derrota nas Capitais

Sem filiação partidária, depois de ter abandonado o PSL, legenda pela qual foi eleito em 2018, o então presidente Jair Bolsonaro havia declarado apoio explícito a sete candidatos a prefeito nas capitais e advinha: todos foram derrotados nas urnas. Destaque para nomes como Celso Russomanno (Republicanos) em São Paulo; Coronel Menezes (Patriota) em Manaus; Bruno Engler (PRTB) em Belo Horizonte; Delegada Patrícia (Podemos) no Recife; Marcelo Crivella (Republicanos) no Rio; Capitão Wagner (Pros) em Fortaleza e Delegado Eguchi (Patriota) em Belém.

Derrotas da Direita

Além dos nomes que apoiou publicamente como presidente da República, tendo participado ativamente da campanha eleitoral, Bolsorado também viu candidatos de perfil bolsonarista, mas que não tinham recebido apoio formal do presidente, perderam a eleição em João Pessoa, onde Nilvan Ferreira (MDB) foi derrotado por Cicero Lucena (PP), e em Cuiabá, que viu Abilio (Podemos) ser superado por Emanuel Pinheiro (MDB). No balanço final, a direita de Bolsonaro não ficou com o comando de nenhuma das 26 capitais e teve desempenho pífio nas chamadas grandes cidades. Prova disso foi o PL que conseguiu eleger apenas 2 prefeitos em municípios com mais de 200 mil habitantes.

Domínio Mascarado

Focado especificamente no PL, cabe ressaltar que a maioria das 349 prefeituras conquistas pela legenda nas eleições de 2020 representavam pouca força política-eleitoral, já que eram municípios pequenos e espalhados pelo interior. É por essas e outras que soa como piada a previsão do comando do Partido Liberal de eleger cerca de 1.500 prefeitos nas eleições municipais deste ano. Em Mato Grosso do Sul, por exemplo, o PL teve dificuldades para formatar chapas de vereador na maioria absoluta dos municípios e na disputa por prefeituras deve repetir o fiasco de 2020. Quem viver, verá!

Partido do Barbosinha

A Malagueta apurou que não procede a informação que o Partido Social Democrático (PSD), comandado pelo vice-governador José Carlos Barbosinha, recebeu reforços de peso do deputado federal Geraldo Dedo Podre Resende (PSDB) para a disputa pelas cadeiras na Câmara Municipal. Pelo contrário, o tucano não teve qualquer participação na articulação com os pré-candidatos, que decidiram acompanhar Barbosinha no PSD depois que o vice-governador decidiu se desfiliar do Partido Progressista.

Lideranças de Barbosinha

A maioria dos pré-candidatos tinha compromisso anterior com o vice-governador. Nomes como o radialista Sidnei Corrêa, o radialista e advogado Amarildo Ricci; o guarda municipal Ademar Cabral de Araújo, conhecimento como Cabralzinho; o líder comunitário Udisley Tuneca Domingos, o popular Tuneca; o professor universitário Franz Mendes; o empresário Helio Martins dos Anjos, popular Helio Lanches; o pastor José Gabriel de Matos, o empresário Antônio Rocha, popular Toninho; o professor Esmael Machado da Uems, já estavam com Barbosinha mesmo antes dele assumir o comando do PSD em Dourados.

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