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Petrobras discute aumento dos combustíveis nesta quarta-feira

by Alexandro Zinho
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Conselho da empresa se reúne para avaliar política de preços da companhia.

A primeira reunião do Conselho de Administração da Petrobras em 2025 vai ser dominada pela avaliação trimestral da política de preços dos combustíveis da estatal, segundo pessoas próximas ao assunto. O encontro, que ocorre ao longo desta quarta-feira (29), é realizado em um momento de pressão de investidores privados por um reajuste que equipare ou ao menos aproxime os preços da estatal do preço de importação.

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, sinalizou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em reunião na última segunda (27) no Palácio do Planalto, que o reajuste nos preços dos combustíveis, em avaliação pela companhia, deve se limitar ao diesel e não alcançará a gasolina.

Nos bastidores, a direção da empresa admite estudar a situação, mas não dá sinais claros de que vai mudar seus preços nos próximos dias, o que tem feito aumentar a divergência entre os representantes dos minoritários e do governo federal no Conselho.

Os conselheiros já teriam, inclusive, recebido um relatório da diretoria da empresa, informando que os preços estão aderentes à política atual, implantada em maio de 2023. Esse diagnóstico, porém, não foi acolhido de forma unânime entre os conselheiros. Uma ala defende que a estatal precisa reajustar o preço do diesel, que está há um ano e um mês sem alteração.

Dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) apontam que a defasagem do diesel frente às cotações praticadas no mercado internacional está em 16% – ante 28% na semana passada. A Petrobras não mexe no combustível há 399 dias.

A queda da defasagem sofre a influência do dólar, cuja cotação vem recuando nos últimos dias. Na terça, a moeda norte-americana fechou cotada a R$ 5,89, enquanto o petróleo recuou para 76,49 dólares (R$ 448,15) o barril. Nesta quarta, a commodity registrava cotação de 75,98 dólares (R$ 445,16) o barril.

Pelos cálculos da Abicom, para atingir a paridade com os preços internacionais a Petrobras poderia aumentar o diesel em R$ 0,55 por litro e a gasolina em R$ 0,24 por litro.

Na semana passada, a presidente da Petrobras afirmou que os preços do diesel e da gasolina não estão congelados, e que a estratégia de preços da companhia tem sido bem sucedida.

– Não estamos congelando nada. Estamos absolutamente dentro da nossa estratégia, a qual não posso contar. Se dissesse, estaria lesando o meu acionista – disse Magda.

Ela afirmou ainda que os meses de janeiro e fevereiro tradicionalmente registram uma demanda menor por diesel, que volta a se recuperar em março. O Brasil importa entre 20% e 30% do diesel que consome. Sem importação pelos agentes privados, a Petrobras importa esse volume quando há maior demanda pelo combustível.

Com informações: AE

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