Home Agronegócio O início das operações na fábrica de Ribas do Rio Pardo representa uma conquista significativa para consolidar Mato Grosso do Sul como o Vale da Celulose

O início das operações na fábrica de Ribas do Rio Pardo representa uma conquista significativa para consolidar Mato Grosso do Sul como o Vale da Celulose

por Alexandro Zinho
Compartilhe

Ontem, às 20h15 (horário de Mato Grosso do Sul), a Suzano iniciou as atividades da maior linha de produção de celulose do mundo no município de Ribas do Rio Pardo. Com capacidade para produzir 2,55 milhões de toneladas por ano, esse empreendimento resultou de um investimento total de R$ 22,2 bilhões, dos quais R$ 15,9 bilhões foram direcionados para a construção da fábrica e R$ 6,3 bilhões para ações como desenvolvimento da base florestal e logística para escoamento da celulose.

Com a implementação da nova unidade, a Suzano amplia sua capacidade de produção de celulose de 10,9 milhões para 13,5 milhões de toneladas por ano, resultando em um acréscimo superior a 20% na produção atual da empresa. Além disso, a Suzano tem potencial para fabricar 1,5 milhão de toneladas anuais de papéis, abrangendo diferentes tipos como papéis higiênicos, para impressão e escrita, e para embalagens, entre outros produtos que têm a celulose como matéria-prima. O projeto da nova unidade foi divulgado em maio de 2021 e durante o pico da construção foram gerados mais de 10 mil empregos diretos. Com o início das operações, aproximadamente 3 mil profissionais, entre funcionários próprios e terceirizados, passam a atuar nas atividades industrial, florestal e de logística da nova unidade.

Nesta semana, Mato Grosso do Sul obteve uma importante conquista em sua estratégia de desenvolvimento no Vale da Celulose com o lançamento da startup do projeto Cerrado e o início da conexão com a fábrica da Suzano em Ribas do Rio Pardo. O secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, destacou que a Suzano é a maior indústria de celulose de linha única do mundo, tornando Mato Grosso do Sul uma referência nesse setor.

Este é o maior investimento da história de 100 anos da Suzano, e possui uma série de avanços operacionais e socioambientais, alinhados aos “Compromissos para Renovar a Vida”, conjunto de metas de longo prazo estabelecidas pela companhia. O titular da Semadesc salienta que a empresa traz uma base florestal sustentável já praticamente constituída. “Isso faz com que Mato Grosso do Sul consolide o Vale da Celulose, um dos maiores produtores de celulose do mundo”, acrescentou.

“A conclusão bem-sucedida do Projeto Cerrado reflete a dedicação e a capacidade de execução de cada pessoa envolvida nesta obra grandiosa e transformacional, e comprova a cultura de excelência que permeia toda a organização, liderada com maestria por Walter Schalka durante os últimos 11 anos”, diz Beto Abreu, recém-nomeado presidente da Suzano. “Sua visão e ambição levaram a empresa a entregar um projeto dentro do orçamento previsto e que, em todas as etapas, aderiu ao foco central da Suzano em apoiar a sustentabilidade e ter um impacto local positivo”, completa o executivo.

O empreendimento já proporciona direta e indiretamente uma série de avanços socioeconômicos na cidade de Ribas do Rio Pardo e região. No aspecto ambiental, a fábrica possui o menor raio médio estrutural da base florestal entre as operações da Suzano, com um total de 65 quilômetros entre as áreas de plantio e a fábrica, inferior ao raio médio estrutural de 150 quilômetros. Essa característica única alcançada no projeto minimiza os custos logísticos e o impacto associado ao transporte da celulose.

A unidade de Ribas do Rio Pardo utiliza tecnologia de gaseificação da biomassa nos fornos de cal, e, com isso, o uso de combustíveis fósseis ficará restrito aos momentos de partida e retomada de produção. A fábrica também será autossuficiente na produção de ácido sulfúrico, peróxido de hidrogênio e energia verde, com um excedente de aproximadamente 180 megawatts (MW) médios que atenderá os fornecedores satélites da fábrica, além de ser exportado para o Sistema Interligado Nacional (SIN). Essa energia de fonte renovável poderia abastecer mensalmente uma cidade com mais de 2 milhões de habitantes.

“Mato Grosso do Sul é hoje um referência tanto na produção de eucalipto, como em produtividade, sustentabilidade e tecnologia”, complementou Verruck.

A construção da nova fábrica também contribuiu com a qualificação de mão de obra local, incluindo mais de 1,3 mil pessoas capacitadas para as operações industriais, florestais e logísticas da Suzano, além de cerca de 300 pessoas para o mercado de trabalho local nos setores de comércio e serviços, em parceria com o Senai e o Senac.

Adicionalmente aos recursos destinados à construção da fábrica, da estrutura logística e da formação da área de plantio que abastecerá a fábrica com eucalipto, a Suzano investiu mais de R$ 300 milhões em um amplo conjunto de iniciativas, incluindo a construção de unidades de moradia e centro médico, melhorias na infraestrutura local e apoio a projetos sociais.

Parte do Plano Básico Ambiental (PBA), o Programa de Infraestrutura Urbana aprovado em 2021 por representantes do poder público e da sociedade civil compreende 21 projetos nas áreas de saúde, educação, desenvolvimento social, habitação e segurança pública. As principais entregas incluem a ampliação do Hospital Municipal e as construções de uma Estratégia de Saúde da Família (ESF), de uma Casa de Acolhimento, de uma Delegacia de Polícia Civil e de uma Unidade Operacional da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

O Projeto Cerrado está inserido no maior ciclo de investimentos da história da Suzano. Após desembolsar mais de R$ 50 bilhões entre 2019 e 2023, a companhia investirá R$ 16,5 bilhões neste ano.

“É um marco importante, um processo que começou com a Suzano chegando a Mato Grosso do Sul, adquirindo a Fibria e imediatamente adotando o projeto Cerrado I. Por isso para o Estado hoje é um dia de comemorar emprego de qualidade, expansão econômica, e aquilo que o próprio governador Eduardo Riedel consolida como nossa estratégia, que é fazer um trabalho de competitividade nas nossas cadeias produtivas”, concluiu o secretário.

Com informaçoes: Semadesc e da assessoria de imprensa da Suzano

Fotos: Divulgação

Compartilhe

Esse site usa cookies para melhorar sua experiência. Nós assumimos que você ta ok com isso, porém você também não aceitar. Eu aceito. Não aceito.

Olá, como posso te ajudar?