Home Bastidores NOTA DE REPÚDIO AO CERCEAMENTO DO TRABALHO JORNALÍSTICO

NOTA DE REPÚDIO AO CERCEAMENTO DO TRABALHO JORNALÍSTICO

by Alexandro Zinho
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O Sindicato dos Jornalistas Profissionais na Região da Grande Dourados (Sinjorgran) repudia a postura do professor Lucas, da Escola Estadual Vilmar Vieira Matos, de Dourados, que intimidou o jornalista João Pires no exercício da profissão durante cobertura jornalística de protesto de estudantes na manhã da última segunda-feira, dia 28 de agosto de 2023.

Numa postura totalmente destoante da quase totalidade dos educadores desse país, que enxergam o jornalista e o jornalismo como aliados na defesa dos seus direitos, de melhores condições de trabalho, de salários dignos e na construção de uma sociedade melhor para todos, o professor Lucas preferiu tentar esconder a realidade que o jornalista João Pires queria mostrar: alunos da rede estadual de ensino estudando em ambiente insalubre, improvisado em ginásio de esportes e sem qualquer condição de absorção mínima do aprendizado.

Ao impedir e cercear o trabalho do jornalista, a ponto de tirar das mãos do mesmo o celular que era usado para transmissão do canal de comunicação Estado Notícias, o professor que leciona na disciplina de História não apenas violou o direito que a sociedade tem de ser informada e atropelou o Estado Democrático de Direito, mas deu um péssimo exemplo aos seus alunos, que podem achar normal que alguém invista contra um jornalista quando a notícia não lhe agradar. O Sinjorgran lembra ao nobre professor que a liberdade de expressão e o direito de informar são direitos basilares da sociedade brasileira e estão contidos em cláusula pétrea da Constituição Federal. Ao invés de atacar, ridicularizar, constranger e intimar um jornalista no exercício da função, o professor Lucas deveria mostrar aos seus alunos que a liberdade de expressão é um direito irrenunciável do cidadão, afinal, a História está cheia de exemplos mal sucedidos quando se cala a imprensa.

O mesmo jornalismo que sai em defesa de professores e educadores nas mobilizações por melhores salários, por condições dignas de trabalho, por segurança no ambiente escolar e que denuncia qualquer violação dos direitos de um educador, não pode ser cerceado na hora que a notícia não agradar um professor.

Por fim, o Sinjorgran espera que a Secretaria de Estado de Educação adote as medidas cabíveis, já que o professor Lucas estava em horário de expediente e não poderia, de forma alguma, ter abandonado seu posto remunerado pelo dinheiro do contribuinte, para sair à rua no arroubo de impedir o trabalho do jornalista, muito menos de intimar um profissional no exercício da sagrada missão de informar.

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