Agora, as empresas Prima Foods S.A, em Cassilândia; Marfrig Global Foods S.A., em Bataguassu; JBS S/A, em Campo Grande; Boibrad Industrial e Comércio de Carnes e Sub-Produtos Ltda, em São Gabriel do Oeste; JBS S/A, em Naviraí, estão aptas a exportar para a China.
Mato Grosso do Sul é reconhecido por sua exportação de carne bovina, com destaque para o preço interno, influenciado positivamente pelos frigoríficos cadastrados para o mercado chinês. A ampliação das autorizações contribuirá para a valorização do produtor sul-mato-grossense.
“Estamos prevendo um aumento nas exportações, um crescimento no saldo comercial e, o mais importante disso tudo, uma melhoria na estrutura de preços internos em Mato Grosso do Sul”, afirmou o secretário Jaime Verruck da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia).
Atualmente, a China é o principal mercado para a carne sul-mato-grossense, representando 25,83% da receita, seguido pelo Chile com 18,39% e pelos Estados Unidos com 16,06%. Nos últimos cinco anos, a receita da exportação de carne bovina cresceu 29%, enquanto o volume aumentou aproximadamente 3,03% no mesmo período.
“Dado que a China é nosso principal parceiro comercial, é crucial que Mato Grosso do Sul aumente o número de frigoríficos. Essa demanda foi feita desde o início pelo governador Eduardo Riedel ao ministro Carlos Fávaro. Inclusive, houve uma missão à China, na qual nossos deputados solicitaram que a China autorizasse a abertura de mais frigoríficos, de nosso Estado. Agora, o Ministério teve aí a sinalização e a publicação desse resultado, que é extremamente positivo para a economia sul-mato-grossense”, acrescentou o secretário Jaime Verruck.”
Ao todo, no país, foram 38 plantas frigoríficas habilitadas para vender carnes para a China, incluindo oito abatedouros de frango, 24 abatedouros de bovinos, um estabelecimento bovino de termoprocessamento e cinco entrepostos, algo inédito com o comércio da China, dos quais um é de bovino, três de frango e um de suíno. Segundo o Mapa, parte dos estabelecimentos foi auditado remotamente em janeiro deste ano, enquanto outros receberam avaliação presencial em dezembro do ano passado. As equipes técnicas chinesas foram recebidas e acompanhadas por representantes do Mapa.
“Esse é um momento importante para os dois lados. A China que vai receber carnes de qualidade com preços competitivos, garantindo produtos a sua população, e ao Brasil a certeza de geração de emprego, oportunidade e crescimento da economia brasileira. É um dia histórico na relação comercial Brasil-China, um dia histórico para nossa agropecuária”, declarou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.
A China é o principal destino das exportações brasileiras de carne bovina, suína e de frango, se destacando como maior parceiro comercial para proteína animal. Em 2023, o país asiático importou 2,2 milhões de toneladas de carnes do Brasil, ultrapassando mais de US$ 8,2 bilhões. Até o início de março deste ano, o Brasil possuía 106 plantas habilitadas para a China, sendo 47 de aves, 41 de bovinos, 17 de suínos e 1 de asininos.
Com informações do Mapa e Semadesc