Home Bastidores Ministério da Fazenda precisa reconsiderar a expectativa de crescimento do PIB para 2024, elevando-a para mais de 2,5%, afirmou Haddad

Ministério da Fazenda precisa reconsiderar a expectativa de crescimento do PIB para 2024, elevando-a para mais de 2,5%, afirmou Haddad

por Alexandro Zinho
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta segunda-feira que a pasta está prestes a revisar a sua previsão de crescimento do Produto Interno Bruto para 2024, que atualmente está fixada em 2,5%.

“A economia está se expandindo este ano e em breve devemos ajustar nossa estimativa para acima dos 2,5% estipulados pela Secretaria de Política Econômica”, declarou Haddad durante um evento da Warren Investimentos, realizado em São Paulo, onde participou de forma virtual.

No mês passado, o ministro já havia mencionado que era necessário aumentar a projeção do PIB. No entanto, o ministério acabou por atualizar seus parâmetros macroeconômicos mantendo a taxa em 2,5%. Naquela oportunidade, ele pediu cautela à equipe técnica mesmo diante de dados econômicos que considerava animadores.

No relatório Focus do Banco Central, que apresenta as expectativas do mercado sobre os principais indicadores econômicos, a previsão para o PIB em 2024 é uma alta de 2,20%.

Durante o evento, Haddad também fez uma retrospectiva sobre as ações do governo Lula na área econômica e reafirmou a importância do equilíbrio fiscal.

“O Congresso nos deu sustentação para aprovar quase todas as medidas necessárias para voltar ao equilíbrio fiscal”, afirmou Haddad sobre medidas aprovadas neste terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Faltou uma medida, a reoneração da folha”, acrescentou.

O ministro afirmou ainda que o Brasil “precisa virar a página” da dinâmica de anos anteriores, de “muito dispêndio, pouca receita e pouco crescimento”.

Especificamente sobre a receita, Haddad disse que o governo Lula não está elevando impostos de quem já paga nem criando novos tributos.

“As despesas estão sendo controladas na forma do arcabouço fiscal”, disse o ministro. “Temos o desafio de recompor a receita fruto da desoneração e do Perse”, acrescentou, em referência ao Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos, que o governo planejava encerrar, mas que acabou sendo prorrogado pelo Congresso até o fim de 2026, com um limite de renúncia.

O ministro também voltou a defender a reforma tributária, atualmente em fase de regulamentação.

“Depois de 40 anos aguardando uma reforma tributária digna, nosso sistema vai figurar entre os melhores do mundo”, disse Haddad. “Temos todas as razões para entender que a reforma tributária vai dar choque importante na economia, sobretudo na produtividade”, acrescentou.

Fonte: Reuters

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