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MetSul: El Niño já começou a se formar no Oceano Pacício e pode atingir intensidade forte

por Alexandro Zinho
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Segundo meteorologista, período mais crítico seria entre outubro e dezembro de 2023.

Depois de três anos com influência do La Niña, os olhos do setor produtivo agora se voltam para as previsões de um El Niño podendo alterar o regime de chuvas no Brasil já no segundo semestre. Segundo informações de Estal Sias, meteorologista da MetSul, as atualizações mais recentes indicam que o Oceano Pacífico Equatorial gradualmente começa a ingressar em condições de El Niño. 

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Conforme explica a meteorologista, a temperatura da superfície do mar já apresenta anomalida em níves de El Niño e a atmosfera lentamente começa a apresentar condições do fenômeno. 

“O último boletim semanal da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA), dos Estados Unidos, divulgado na segunda-feira, a anomalia de temperatura da superfície do mar era de 0,5ºC na denominada região Niño 3.4, no Pacífico Equatorial Central, que é usada oficialmente para definir se há um El Niño na forma clássica e de impacto global. O valor está exatamente no limite da neutralidade (-0,4ºC a +0,4ºC) com El Niño fraco (+0,5ºC a +0,9ºC), ou seja, pela primeira vez a região de referência para se aferir a condição do Pacífico ingressou em território de El Niño”, afirma. 

Ainda de acordo com a publicação, o fenômeno climático pode ter intensidade de moderada a forte no trimestre de outubro a dezembro. Se confirmado, poderia alterar o início da estação chuvosa já nas primeiras semanas. 

MetSul

“Ocorre que alguns modelos, sendo que vários entre os principais usados internacionalmente e gerados por grandes centros meteorológicos mundiais, indica um aquecimento para o segundo semestre deste ano em patamar de El Niño muito forte a intenso, mesmo em patamar do que se convencionou chamar de Super El Niño”, afirma. 

No Brasil, entre as principais características do evento climático, está o excesso de chuva no Sul do Brasil. As chuvas podem ficar muito acima da média, principalmente no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. “Podem ocorrer eventos extremos de precipitação com inundações, enchentes e deslizamentos de terra. Algumas enchentes podem ser de maiores proporções”, complementa. 

Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o El Niño pode trazer redução significativa nas precipitações. “Muitas previsões indicam que os efeitos do El Niño somente se sentirão a partir da primavera, mas as consequências do forte aquecimento do Pacífico devem se sentir já no inverno, quando se espera os índices de precipitação aumentem no decorrer da estação no Sul do Brasil. O período mais crítico, conforme a climatologia histórica e as projeções dos modelos, é que seria na primavera com muita chuva e temporais frequentes”, finaliza. 

Fonte: Notícias Agrícolas
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