Se for preciso, mais terminais serão incorporados, diz Rui Costa.
O governo federal não descarta a possibilidade de acrescentar operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), com a mobilização de militares, em portos e aeroportos de outros estados, além de São Paulo e Rio de Janeiro – conforme decreto anunciado na tarde desta quarta-feira (1º), no Palácio do Planalto, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A informação foi prestada pelo ministro chefe da Casa Civil, Rui Costa.
Se for identificada necessidade de incorporar mais aeroportos e portos, serão incorporados, afirmou Costa.
A GLO decretada pelo governo restringe-se a áreas de controle federal, abrangendo, em São Paulo, o aeroporto de Guarulhos e o porto de Santos e, no Rio de Janeiro, o aeroporto do Galeão e os portos de portos de Itaguaí e da cidade do Rio de Janeiro.
– Não acontece em bairros, ruas e comunidades – enfatizou o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino.
Dino também assinalou que as operações das Forças Armadas, da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança não interferem na atuação das forças de segurança dos estados.
– Nós não vamos substituir polícias estaduais – assegurou.
Além da GLO em três portos e dois aeroportos, o governo anunciou medidas de maior fiscalização nos 2.300 quilômetros de fronteiras nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e do Paraná – inclusive o Lago de Itaipu.
Nessas áreas, não é necessária a decretação de GLO para atuação das Forças Armadas. Ao todo, 3,7 mil homens do Exército (efetivo de 2 mil), Marinha (1,1 mil) e Aeronáutica (600) deverão ser mobilizados de acordo com os respectivos comandos.
Na avaliação do governo, ações de vigilância e inteligência nos aeroportos, portos e áreas de fronteira indicados são necessárias para atacar a capacidade logística das facções criminosas e para investigação sobre circulação de capital e lavagem de dinheiro, e para a recuperação de ativos.
O governo nega a possibilidade de fazer desdobramento do Ministério da Justiça e da Segurança Pública e de assim criar uma pasta exclusiva para a segurança pública.
– Isso não foi colocado na pauta – assegurou Rui Costa.
Com informações: Agência Brasil