Home Malagueta Dourados já tem 12 nomes em busca de cadeiras na Câmara dos Deputados

Dourados já tem 12 nomes em busca de cadeiras na Câmara dos Deputados

por Marcos Santos
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A abordagem pela Malagueta sobre a ausência de nomes de Dourados na bancada federal de Mato Grosso do Sul desde 2018 acabou apontando nomes com potencial para retomar a representatividade do segundo maior colégio eleitoral de Mato Grosso do Sul na Câmara dos Deputados.  Além de nomes como Geraldo Resende (PSDB), que deixou o comando da Secretaria de Estado de Saúde para tentar voltar à Câmara Federal e Walter Carneiro Júnior (PP), que deixou a presidência da Sanesul para também disputar uma cadeira em Brasília, a coluna destacou as pré-candidaturas do médico Dr. Guto (Podemos), vice-prefeito de Dourados e que tem acompanhado a candidata ao governo do Estado, Rose Modesto, por todos os cantos de Mato Grosso do Sul; o farmacêutico Racib Panage Harbi (PRTB), que ficou em terceiro lugar na disputa pela Prefeitura de Dourados em 2020 com mais de 11 mil votos e se cacifou para tentar voos mais altos; o servidor federal Henrique Sartori de Almeida Prado (Republicanos), deixou a Secretaria Municipal de Governo na administração do prefeito Alan Guedes (PP) para se lançar na disputa com as bênçãos do chefe do Executivo Municipal; e do professor universitário, contabilista, auditor e piloto Domingos Renato Venturini, o Comandante Renato, que se filiou no MDB de André Puccinelli para ser uma opção por Dourados com o apadrinhamento do vice-governador Murilo Zauith (União Brasil). Tão logo a Malagueta foi postada, na manhã de ontem, esse missivista passou a receber informações de outros nomes que figuram como pré-candidatos a deputado federal por Dourados. Destaque para a bancada de vereadores que agora sonha em participar das sessões na Câmara Federal em Brasília ao invés da reunião semanal em Dourados: Laudir Munaretto (MDB), presidente do Legislativo Municipal; Maurício Lemes (PSB), que vem tentando bater asas há algum tempo, mas acaba ficando por Dourados mesmo; Elias Ishy (PT), que parece ter decidido deixar a zona de conforto para repetir o caminho trilhado por João Grandão (PT), que pulou da Câmara de Vereadores de Dourados direto para a Câmara dos Deputados; e, por último, Fábio Luiz da Silva (Republicanos), que se confirmar a candidatura terá que disputar votos com o ex-homem-forte do prefeito Alan Guedes, já que Henrique Sartori parece mesmo decidido a tentar chegar à Câmara Federal. Outros nomes também aparecem como pré-candidatos a deputado federal, dentre eles o advogado Eudélio de Oliveira Mendonça (PP), pai do prefeito Alan Guedes (PP) e o jovem Lucas Medeiros (PT), que transita muito bem entre a juventude douradense e pode ser uma grata surpresa nas urnas. No caso de Eudélio Mendonça pesa o fato do nome preferido pelo Partido Progressista e pela deputada Tereza Cristina Corrêa da Costa (manda-chuva total do PP no Estado) ser o também douradense Walter Carneiro Júnior. Vai vendo!

Nomes Potencializados

Com Geraldo Resende, Walter Carneiro Júnior, Dr. Guto, Racib Panage Harbi, Henrique Sartori, Comandante Renato, Laudir Munaretto, Maurício Lemes, Elias Ishy, Fábio Luiz da Silva, Eudélio Mendonça e Lucas Medeiros não será por falta de opção que o eleitor douradense vai dar moral para os paraquedistas que saltam em Dourados de quatro em quatro ano, levam um bitrem de votos (nas eleições de 2018 foram quase 50 mil votos para deputado federal) e depois somem da cidade. Chegou a hora do eleitor recolocar a Grande Dourados em papel de destaque na bancada federal, já que atualmente os 8 representantes de Mato Grosso do Sul na Câmara dos Deputados são todos de Campo Grande.

Bancada Fortalecida

Por duas vezes Dourados teve 3 deputados federais entre os 8 parlamentares que formam a bancada de Mato Grosso do Sul: no começo da década de 1990, com José Elias Moreira, George Takimoto e Waldir Guerra, e em 2002 quando elegeu Murilo Zauith, João Grandão e Geraldo Resende, fator que garantiu centenas de milhões de reais em investimentos para toda região. Um colégio eleitoral regional formado por mais de meio milhão de eleitores não pode considerar normal que o deputado federal mais próximo seja encontrado apenas em Campo Grande. Abre o olho eleitor!

Paraquedistas Federais

Não demora muito, os políticos de Campo Grande começam a montar seus currais em Dourados e nas cidades com maior densidade eleitoral da região. Eles vão contratar as tais lideranças, que vão mentir para o eleitor e, por vez, pagar um 100ão por voto, e depois somem do interior. Você que está lendo essa nota, por exemplo, qual foi a última vez que olhou nos olhos dos deputados federais Rose Modesto, Fábio Trad, Beto Pereira, Tereza Cristina Corrêa da Costa, Tio Trutis, Vander Loubet, Dr. Luiz Ovando e Dagoberto Rabo de Cavalo Nogueira?

CPI da Educação

É fato que alguma coisa parece estar fora da ordem na Secretaria Municipal de Educação de Dourados e ficou ainda mais estranho com o episódio dos kits de robótica denunciados pela Folha de São Paulo. Ainda que o valor do contrato informado na matéria estivesse errado, ou seja, a Folha superfaturou a própria informação, o fato é que houve a compra da empresa ligada ao Partido Progressista de Arthur Lira (presidente da Câmara dos Deputados). Contudo, ainda soa estranho o vereador Diogo Castilho (União Brasil) defender a instalação da CPI da Educação na Câmara de Dourados. É legítimo o papel do vereador, mas quem tem telhado de vidro não deveria atirar pedra em telhado alheio. Vai vendo!

Educação x Educação

As redes sociais receberam um vídeo, bem editado por sinal, onde Diogo Castilho, faz uma defesa enfática da Educação e chega até a impostar a voz, numa típica pose de Doctor Rey do Cerrado.  A pergunta que não quer calar: como pode alguém que é réu por espancar a própria noiva ocupar os microfones para pronunciar a frase “precisamos defender a educação das nossas crianças”? Pelo jeito, alguém esqueceu de defender a educação do próprio vereador na infância e na adolescência, ensinando-lhe que bater em mulher, além de covardia, também é crime e falta de educação.

Educação Investigada

Por fim, se não tem o que esconder e, pela pouca competência da titular da Pasta é possível que não tenha mesmo, o Executivo Municipal poderia colocar a própria base para assinar o pedido de instauração da CPI da Educação na Rede Municipal de Ensino de Dourados. Mas antes, pediria para alguém refazer a petição, porque a que chegou à Câmara Municipal não tem fato determinante e, muito menos, fato determinado. É o tipo de Comissão Parlamentar de Inquérito que seria instalada numa semana e barrada pelo Poder Judiciário na semana seguinte.

CPI do Palanque

Em pleno período pré-eleitoral toda e qualquer CPI serve apenas como palanque para aqueles que precisam arrumar uma forma de ludibriar o eleitor. É típico de quem nunca produziu nada no mandato e precisa fazer de conta que está produzindo algo em favor da coletividade para, ali na frente, faturar uns votinhos. O ex-prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), por exemplo, era craque em criar CPIs em véspera de eleição, mas só fazia isso quando ocupava o mandato de deputado estadual. Eleito prefeito, barrou a peso de ouro todo pedido de CPI que chegou à Mesa Diretora da Câmara de Vereadores da capital. Espia só!

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