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Comissão tira poderes do Meio Ambiente promovidas pelo governo Lula

by Alexandro Zinho
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A mudança implica em uma derrota para a ministra Marina Silva.

Ministra Marina Silva (Foto: Fátima Meira/Estadão Conteúdo).

Aprovada na quarta-feira 24, pela Comissão Mista, a mudança na MP (Medida Provisória) 1.154/23 idealizada para reorganizar a estrutura do governo Lula, tira do MMA (Ministério do Meio Ambiente) — pasta de Marina Silva — o controle sobre o CAR (Cadastro Ambiental Rural). 

Durante sua campanha, o então candidato Lula defendeu que importância do documento deixar o Ministério da Agricultura, onde estava alocado desde a eleição do ex-presidente Jair Bolsonaro. 

Em seu segundo dia de governo, o atual presidente devolveu o SFB (Serviço Florestal Brasileira), que faz a gestão do Cadastro, ao Ministério do Meio Ambiente. Desde então, diferentes frentes rurais trabalham para que o governo reedite o organograma e o órgão volte à administração da pasta anterior. De acordo com o texto, o CAR passaria ser prerrogativa do Ministério da Gestão, comandado por Esther Dweck.

O relatório traz alterações não apenas na pasta de Marina Silva, como também desfaz mudanças promovidas por medidas provisórias implantadas nos primeiros dias depois da posse. De acordo com o relator, o deputado Isnaldo Bulhões (MDB-AL), o texto aprovado foi resultado de um equilíbrio possível para garantir a continuidade das políticas públicas do atual governo.

Sob a tutela do MMA, o Serviço Florestal Brasileiro recebeu a função de reativar o CAR com uma espécie de documento “monitoramento do desmatamento”, além de servir para supostamente combater grileiros e monitorar terras públicas ou indígenas. 

Mudança é derrota de Marina para o próprio governo

A mudança implica em uma derrota para Marina Silva que discute com o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, sobre a exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas. Durante audiência na Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados, Marina afirmou que vai trabalhar junto aos deputados para evitar que a mudança aconteça, e classificou a mudança como “erro estratégico”.

O texto agora seguirá para o plenário da Câmara dos Deputados e, posteriormente, para o plenário do Senado.

Com informações: agências nacionais

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