Números do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) apontam que o Mato Grosso do Sul tem 1.996.510 eleitores aptos para o voto em 2 de outubro, quando serão eleitos presidente da República, senador, governador, 8 deputados federais e 24 deputados estaduais. Desse total, 169.042 eleitores estão em Dourados, volume que deve atrair dezenas de paraquedistas que saltarão sobre a cidade a partir de amanhã, quando começa oficialmente a campanha eleitoral, em busca dos votos dos douradenses, sobretudo daqueles que estão com o título de eleitor à venda. Em números gerais, Dourados perde apenas para Campo Grande que tem um colégio eleitoral formado por 639.873 eleitores. Os números de 2022 indicam que o segundo maior colégio eleitoral ganhou pouco menos de 13 mil eleitores desde as eleições de 2018 quando o município tinha 156.373 pessoas aptas para o voto. Detalhe: desse total, apenas 78,10% foram às urnas efetivamente, com a abstenção ficando em 21,90% do total, ou seja, 34.245 eleitores nem compareceram às urnas em 2018, mas fizeram questão de passar os 4 anos seguintes reclamando. Para completar, os 122.128 douradenses que foram às urnas nas eleições gerais de 2018, exatos 8.083 votaram em branco e outros 8.908 anularam o voto, o que fez com que o total de votos válidos ficasse em 105.140 eleitores. Observe que mais de 51 mil votos foram desperdiçados nas eleições de 2018 em Dourados, volume que somados aos 37.726 que votaram em candidatos a deputado federal de outras regiões daria para eleger, pelo menos, um representante do município em Brasília. Hoje, os 8 deputados federais que integram a bancada federal de Mato Grosso do Sul são todos de Campo Grande: Tereza Cristina, Luiz Ovando, Tio Trutis, Vander Loubet, Beto Pereira, Rose Modesto, Fabio Trad e Dagoberto Nogueira. A culpa pela falta de representatividade de Dourados no cenário federal é toda dos eleitores douradenses. Vai vendo!
Votação para Federal
Dos 122.128 que foram às urnas nas eleições de 2018, exatos 60.107 votaram em candidatos de Dourados para deputado federal, com os votos sendo distribuídos da seguinte forma: Geraldo Resende 12.037 votos, seguido pelo então vereador Alan Guedes com 8.742 votos; o médico George Takimoto com 8.587 votos; o então vereador Cido Medeiros com 7.165 votos; a professora Gleice Jane com 6.450 votos; o vereador Marcelo Mourão com 6.022 votos; a radialista Keiana Fernandes com 3.601 votos; o arquiteto Fábio Luis com 2.669 votos; a professora Zélia Nolasco com 1.782 votos; o radialista Antônio Neres com 1.659 votos; e o então vice-prefeito Marisvaldo Zeuli com 1.393 votos.
Federais Douradenses
Os 60.107 votos em candidatos de Dourados, que representaram menos da metade dos votos úteis e quase 100 mil votos a menos que os aptos, deixaram a segunda maior cidade fora da bancada federal e agora os mesmos eleitores terão a oportunidade de corrigir isso votando em candidatos do município ou, quando muito, da região. Bons nomes não faltam na disputa: Laudir Munaretto, Geraldo Resende, Dr. Guto, Elias Ishy, Eudélio Mendonça e Maurício Lemes são candidatos que podem recolocar Dourados em Brasília.
Federais Paraquedistas
O que não pode é o douradense seguir votando em nomes que não tem identidade e nem compromisso com Dourados. Nas eleições de 2018, por exemplo, os candidatos a deputado federal de outras regiões, sobretudo de Campo Grande, levaram 37.726 dos douradenses. A coluna foi atrás dos números e apurou a votação em candidatos de fora para deputado federal: Tereza Cristina levou 4.458 votos, seguida por Luiz Ovando com 3.683 votos, Tio Trutis com 2.936 votos e Vander Loubet com 2.796 votos; Sindolei Moraes com 2.744 votos; Beto Pereira levou 2.329 votos e Rose Modesto 2.205 votos.
Paraquedistas Inexpressivos
Também levaram votos dos douradenses para deputado federal os seguintes paraquedistas: Wilton Acosto 1.895 votos; Odilon de Oliveira Júnior com 1.297 votos; Zé da Viola com 1.268 votos; Elizeu Dionísio com 1.120 votos; Fábio Trad levou 1.078 votos; Dagoberto Rabo de Cavalo Nogueira levou 990 votos; Tenente Monaco 759 votos; Carla Stephanini 557 votos; Professor Jaime 517 votos; Priscila Baggio 482 votos; Fabrício Venturoli 482 votos; Gel Faccina 446 votos; Ilmar Mamão com 419 votos; Guto Scarpanti como 398 votos; Agnes Viana com 381 votos; João Lucas com 357 votos; Enfermeira Cida com 281 votos e Tiago Vargas com 210 votos;
Paraquedistas Anônimos
Com menos de 200 votos na disputa para deputado federal nas urnas de Dourados, apareceram ainda a Professora Odália com 172 votos; Valdinir Nobre com 150 votos; Jairo Arruda com 139 votos; Renee Venâncio com 134 votos; Devane com 134 votos; Sandra Cassone com 132 votos; Amanda Bileski com 120 votos; Professor André com 118 votos; Daniela Fernandes com 117 votos; Nenão com 113 votos; George Motoqueiro com 113 votos; Júnior do PT com 109 votos; Professor Eduardo com 102 votos; Paulo Salomão com 101 votos; Machado com 100 votos.
Paraquedistas Aprendizes
Com menos de 100 votos para deputado federal nas urnas de Dourados apareceram nomes como a Professora Leila Alencar com 97 votos; Anny Espinola com 87 votos; Eduardo Gaúna com 83 votos; Serginho Rigo com 75 votos; Bia Cavassa com 69 votos; Miriam Gimenez com 65 votos; Alexandre Figueiredo com 65 votos; Cléo Gomes com 64 votos; Dr. Wilson Sami com 62 votos; Rubio Sérgio com 61 votos; Suboficial Maurício com 60 votos; Demontie com 59 votos; Dr. Sandro Benites com 54 votos; Professora Maria Regina com 53 votos; Marcos Silva com 53 votos; Lucien Rezende com 51 votos; Andreia Olarte com 45 votos; Jeferson Borges com 42 votos; Michella Dutra com 37 votos; Dra. Ritva com 36 votos; Bruno Reichardt com 36 votos; Andreia Umbelina com 32 votos; Baixinho com 30 votos e outros 35 candidatos que juntos somaram 609 votos. É mole?
Desperdício de Votos
A pergunta que não quer calar é uma só: o que essas pessoas que levaram 37.726 votos dos douradenses para deputado federal fizeram por Dourados? O eleitor precisa entender que ao votar em paraquedista ele enfraquece a força política do município onde mora e, com isso, a cidade deixa de receber recursos para investimentos em saúde, educação, saneamento básico, habitação, infraestrutura, esporte, lazer, segurança pública. Basta analisar o volume de obras federais que Dourados recebeu entre 1998 e 2018 para entender a importância de ter representatividade na bancada federal. Foram conquistas como Santa Casa (depois virou HU), UFGD; duplicação da RB-163 (entre Vila Vargas e a Embrapa); Hospital Regional (em obras); UPA; PAI; milhares de casas populares; Parque Rego D’Água; Instituto Federal; milhares de quilômetros em asfalto para os bairros; unidades de saúde; custeio da saúde pelo SUS; enfim, são ações que dependem diretamente de um deputado federal para sair do papel. Pense nisso!
Eleitorado Estadual
O Mato Grosso do Sul aumentou em 5,94% o total de eleitores em comparação com os números de 2018, saltando de 1.877.982 pessoas aptas ao voto para 1.996.510. Desse total, 52,4% são mulheres, ou seja 1.047.054, quanto os homens representam 47,5% do total, ou seja, 949.456 eleitores. Jovens com idade entre 25 e 29 anos representam a maior faixa de eleitores em Mato Grosso do Sul, respondendo por 10,7% do total. Eles são seguidos do grupo de 35 a 39 anos, que representam 10,3%. Por outro lado, os eleitores com idade entre 16 e 17 correspondem a apenas 1,1% das pessoas aptas ao voto em Mato Grosso do Sul, enquanto os idosos somam 7,86% do eleitorado.