Home Malagueta Candidato do prefeito de Ivinhema fica em 3º nas eleições em Angélica

Candidato do prefeito de Ivinhema fica em 3º nas eleições em Angélica

por Marcos Santos
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De nada adiantou a pose de capitão do mato e os gritos do prefeito de Ivinhema, Juliano Ferro (União Brasil), em defesa do ex-prefeito Roberto Cavalcanti (União Brasil) na disputa pela Prefeitura de Angélica, em eleição suplementar realizada ontem. O candidato do chapeludo, que entrou com força na campanha do colega e não economizou truculência, acabou em terceiro lugar, com apenas 24,73% dos votos válidos. O preferido do prefeito de Ivinhema só não ficou em último lugar porque Chico Bragança (MDB) conseguiu ser pior que ele, levando apenas 2,31% dos votos válidos. Confirmando a fama de semideus de Angélica, o ex-prefeito João Donizete Cassuci (PDT) – que havia vencido a disputa em 2020 mas foi impedido de tomar posse por crime de improbidade administrativa – conseguiu eleger o sobrinho Edison Cassuci (PDT), que levou 42,01% dos votos válidos. Em segundo lugar ficou o ex-presidente da Câmara Municipal e atual prefeito tampão Aparecido Geraldo Rodrigues (PSDB), o Boquinha, que recebeu 30,94% dos votos válidos. Ao final da apuração a situação ficou assim: Edison Cassuci com 2.470 votos, seguindo por Aparecido Geraldo Rodrigues com 1.819 votos, Roberto Cavalcanti com 1.454 votos e Chico Bragança com apenas 136 votos. Foram ainda 106 votos nulos e 66 brancos, com o comparecimento de apenas 5.879 eleitores de um total de 8.600 pessoas aptas para o voto em Angélica, ou seja, quase 3 mil eleitores não compareceram às urnas. Ainda que João Donizete Cassuci seja considerado uma grande liderança pelo povo de Angélica, ao conseguiu eleger o sobrinho o ex-prefeito colocou no bolso não apenas os esforços de Juliano Ferro, mas, também, do próprio governo do Estado e da máquina municipal já que atropelou o atual prefeito mesmo com o apoio de gente graúda da política estadual. Quem deve estar rindo até agora é o deputado federal Dagoberto Nogueira (PSDB), ex-homem forte do PDT em Mato Grosso do Sul e que sempre capitalizou politicamente as ações de Cassuci em Angélica. Diz a lenda que mesmo sendo do PSDB, o famoso Rabo de Cavalo não fez qualquer esforço pela eleição do vereador tucano Aparecido Geraldo Rodrigues, mas não economizou na ajuda financeira e política para o sobrinho de Cassuci. Nem poderia ser diferente já que Dagoberto e Cassuci sempre jogaram no mesmo time, tanto que a mãe do prefeito eleito Edison Cassuci Ferreira é funcionária fantasma no gabinete do deputado Dagoberto Nogueira. Dona Helena Cassuci Ferreira, que nunca foi no gabinete do deputado, em Brasília, e garante o sustento vendendo produtos da Avon, está nomeada com o código SP-11 que garante um salário mensal de R$ 5.083,18, além de auxílios, que em abril somaram outros R$ 982,29 ao vencimento. Desde o dia 2 de agosto de 2021, quando foi nomeada, a mãe do candidato a prefeito já embolsou mais de R$ 45 mil sem precisar pisar em Brasília. Vai vendo!

Poderoso Cassuci

Além de pendurar a irmã no gabinete do Rabo de Cavalo, o ex-prefeito João Donizete Cassuci também tinha arrumado uma boquinha para outro membro da família. O jovem Arlan Vergílio Cassuci, filho João Cassuci, também esteve pendurado no mandato de Dagoberto Nogueira. Ele ocupou o cargo de assessor parlamentar entre 4 de março de 2019 e 12 de agosto de 2020, também com o código SP-11 e o mesmo valor mensal de R$ 5.083,18, embolsando R$ 86.411,00 somente em salários, mesmo com o deputado não tendo escritório político instalado em Angélica ou Ivinhema. Pensa na farra que vai ser agora com a família Cassuci dominando a prefeitura.

Derrota Sintomática

Mas não foi somente o chapeludo de Ivinhema que levou tinta nas eleições de Angélica. Deputados estaduais, deputados federais, secretários de Estado e até emissários do Parque dos Poderes ficaram a ver navios na disputa. A eleição de Edison Cassuci (PDT) deve servir de termômetro para um monte de gente que já está amarrando acordos, contratando lideranças, gastando uma fábula e acreditando que o poder econômico é suficiente para garantir votos em outubro. Muita gente vai vender e não vai entregar nadica de nada, enquanto tantos outros vão comprar e não vão receber! Vai vendo!!!

Comprando Lideranças

Por falar em comprar, não é pequeno o volume de pré-candidatos de Campo Grande, Nova Andradina, Ponta Porã e até de Bataguassu que já saltaram de paraquedas em Dourados e estão contratando lideranças locais para tocar suas campanhas. Detalhe pequeno: as convenções serão realizadas somente em julho, os registros das candidaturas devem estar finalizados até a metade de agosto para uma eleição que acontece no começo de outubro, mas já tem ex-prefeito, ex-deputados, deputados e empresários gastando uma bala na estrutura de campanha no segundo maior colégio eleitoral de Mato Grosso do Sul.

Vereadores na Gôndola

Parte dos vereadores de Dourados, pelo menos os que não estarão na disputa neste ano, já estão comercializando o apoio aos candidatos de fora. Tem vereador organizando reunião com até 200 pessoas só para demonstrar mobilização e aumentar a pedido para o paraquedista. Tem também os ex-vereadores e os ex-candidatos de 2020 que não foram eleitos, mas receberam uma votação expressiva. Pela tabela de preço que corre por aí, muita gente vai conseguir colocar as contas em dia e ainda sobrará algum para aquele passeio de uma semana na praia quando o fim do ano chegar.

Dourados em Brasília

A julgar pela pré-campanha que estão fazendo, é muito provável que Dourados terá dois médicos como representantes na Câmara dos Deputados a partir de 2023. O ex-deputado Geraldo Resende (ginecologista e obstetra) e o vice-prefeito Carlos Augusto Ferreira Moreira (cirurgião plástico) estão a todo vapor em busca de votos e despontam entre seus respectivos partidos. Geraldo, por exemplo, deve colher os louros do excelente trabalho que realizou no enfrentamento à pandemia de Covid-19, enquanto Dr. Guto está a tiracolo da deputada federal Rose Modesto, pré-candidata ao governo do Estado, e vem sendo apresentado por ela como seu preferido para a Câmara Federal. Vai vendo!

Expoagro da Carestia

Veja essa: sábado não teve Expoagro, mas quem se aventurou a prestigiar a abertura da festa na sexta-feira voltou para casa com a sensação de ter sido roubado e com a certeza que foi mal atendido pelo pessoal que trabalhou, sobretudo, no abastecimento e venda de cerveja na área do show, que, diga-se de passagem, foi de graça. Se o show foi de graça o copo de caipirinha custava R$ 40; a cerveja, que estava mais cara que na antiga Paradise, acabou antes do show começar e quando reabasteceram as caixas tinha apenas uma dezena de contratados para atender milhares de pessoas ávidas pelo precioso líquido.

Incompetência Carimbada O fato é que o primeiro fim de semana já serviu para comprovar a incompetência absoluta daqueles que estão na organização da Expoagro, com destaque para o dublê de produtor que preside o Sindicato Rural de Dourados. Aqueles que desejarem ser mal atendidos, pagar uma fábula por uma bebida e acompanhar shows pra lá de mal organizados, ainda tem o restante da semana para comparecer no Parque de Exposições João Humberto de Carvalho. Uma coisa é certa: muita gente já deve estar sentindo saudades dos tempos em que a festa era comandada por Issao Iguma Filho, Gino José Ferreira e Marisvalzo Zeuli.

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