As condições das lavouras ainda em campo foram novamente reavaliadas para baixo.
Em seu Boletim Semanal da Casa Rural, a Aprosoja MS trouxe novas informações sobre as lavouras do estado. Conforme o levantamento, a colheita da segunda safra de milho avançou de 85,3% na semana anterior para 91% do total plantado. Esse percentual representa um aumento de 48,98 pontos percentuais em comparação ao mesmo período de 2023.
Quanto às lavouras ainda em campo, os técnicos da Aprosoja classificaram 37,7% das áreas como boas, 25,6% como regulares e 36,8% como ruins. Esses números são inferiores aos observados na semana passada, que eram de 38,1% boas, 26,4% médias e 35,6% ruins.
As regiões com pior desempenho incluem Sul-Fronteira, onde 59% das lavouras estão em condições ruins; Sudoeste com 51,9%; e Sudeste com 46,1%. Em contrapartida, no Nordeste, 86% das áreas receberam classificação boa; no Norte são 74%; e no Oeste são 57%.
“O que se destacou nos últimos dias foram as altas temperaturas combinadas à baixa umidade relativa do ar. No último domingo (18/08), foi registrada a maior temperatura do ano em Mato Grosso do Sul: impressionantes 41,2°C em Pedro Gomes/MS.” No mesmo dia, Chapadão do Sul registrou 9% de umidade relativa do ar”, aponta o relatório.
Após uma amostragem de 10% (221.800 hectares) da área estimada, a produção inicialmente esperada de 11,485 milhões de toneladas foi reduzia em 19,1%, ficando agora em 9,285 milhões de toneladas, 34,7% a menos do que a safra passada. Já a produtividade é prevista em 69,77 sacas por hectare, indicando uma retração de 30,7%.
“O estresse hídrico foi a principal causa da perda de potencial produtivo na segunda safra de milho de 2023/2024. Esta condição adversa impactou uma área total de 815 mil hectares no estado de Mato Grosso do Sul. Os períodos de seca ocorreram inicialmente entre março e abril, com duração de 10 a 30 dias de estresse hídrico. Mais recentemente, entre abril e julho, o estado enfrentou um total de 90 dias sem chuva. Notavelmente, a região norte do estado já está há mais de 100 dias sem precipitação considerável. Além das baixas produtividades registradas no campo, também observamos perdas totais da produção. Em alguns casos, o produtor optou por suprimir a vegetação e deixá-la como cobertura do solo, uma vez que a colheita não seria economicamente viável”, explica a associação.
Fonte: Notícias Agrícolas