O motivo da proibição foi a falta de capacidade técnica da empresa para cumprir as exigências da Corte Eleitoral.
A partir de maio deste ano, o Google não permitirá mais a promoção de conteúdos políticos em suas plataformas. A gigante tecnológica planeja atualizar a política atual do Google Ads, que é responsável pela compra e venda de anúncios. Essa mudança foi feita para seguir as regras estabelecidas por uma resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgada em fevereiro deste ano.
O Estadão apurou que a big tech passou os últimos dois meses imersa em discussões internas para definir como iria cumprir as regras do TSE. Em nota, o Google afirma que a medida foi adotada para “não mais permitir a veiculação de anúncios políticos no país”.
– Temos o compromisso global de apoiar a integridade das eleições e continuaremos a dialogar com autoridades em relação a este assunto – diz o texto.
A Resolução nº 23.732 do TSE determina que os provedores de propagandas pagas na internet deverão “manter repositório desses anúncios para acompanhamento, em tempo real, do conteúdo, dos valores, dos responsáveis pelo pagamento e das características dos grupos populacionais que compõem a audiência”.
O TSE também exige das empresas que disponibilizem uma “ferramenta de consulta, acessível e de fácil manejo, que permita realizar busca avançada nos dados do repositório”.
Os executivos do Google, segundou apurou a reportagem, avaliaram que não havia capacidade técnica para cumprir a exigência, tendo em vista a pluralidade dos conteúdos políticos que são anunciados todos os dias. Dessa forma, a decisão do grupo foi proibir qualquer tipo de anúncio.