O deputado federal foi alvo de busca e apreensão da Operação Última Milha.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, afastou sete policiais federais que atuaram com o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) na Agência Brasileira de Inteligência (Abin). A decisão está relacionada à investigação de que o órgão era usado para monitorar ilegalmente autoridades públicas e outras pessoas.
Ramagem esteve à frente da Abin entre 2019 e 2022, durante o governo de Jair Bolsonaro. Delegado da Polícia Federal, ele só deixou o comando da agência para se candidatar a deputada.
A investigação em curso tenta encontrar elementos para sustentar a acusação de um suposto esquema na Abin de investigações ilegais. Nesta quinta-feira (25) foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão. São 18 em Brasília (DF), um em Juiz de Fora (MG), um em São João del Rei (MG) e um no Rio de Janeiro.
A ação desta quinta foi batizada de Vigilância Aproximada e é um desdobramento da Operação Última Milha, deflagrada em outubro de 2023 para investigar o suposto uso criminoso da ferramenta FirstMile.
DEPUTADO SE DEFENDE
Em um vídeo publicado em suas redes sociais, Ramagem relatou que o FirstMile foi adquirido em 2018, portanto ainda durante o governo do ex-presidente Michel Temer (MDB), e que, logo que assumiu a direção da agência, em junho de 2019, a equipe realizou uma auditoria em todos os contratos. O deputado ainda questionou o fato de a acusação recair sobre quem realizou a “verificação e controle” do programa.
– Não seria ilógico e sem sentido acusar quem justamente empreendeu verificação e controle? Não, é o contrário. Isso é conveniente. Por que não quiseram saber quem adquiriu a ferramenta? Por que adquiriu a ferramenta? – indagou Ramagem, na época.