A expectativa de altos lucros com anúncios durante os intervalos e a criação de uma empresa própria no setor está em perigo.
A mobilização do governo federal, liderada pelo ministro Fernando Haddad, pode ter um impacto significativo nas principais emissoras do Brasil.
Atualmente, essas emissoras geram milhões ao vender espaço publicitário para as casas de apostas durante os comerciais e em ações promocionais nos programas.
Há um movimento dentro do governo e do Congresso visando proibir a publicidade de apostas na televisão. Se essa proibição for implementada, ela retirará uma parte importante das receitas prevista para esses canais.
A maioria das emissoras já enfrenta dificuldades financeiras e depende desse faturamento para equilibrar suas contas anuais. As apostas representam uma fonte significativa de recursos financeiros.
Além disso, um novo desafio deverá surgir para os canais que planejavam lançar suas próprias plataformas de apostas. A Globo e o SBT já manifestaram interesse em criar casas de apostas até 2025, em colaboração com empresas internacionais do setor.
Sem a possibilidade de fazer anúncios nos seus próprios intervalos para converter telespectadores em clientes de apostas, essas emissoras precisarão se limitar à publicidade online e provavelmente arrecadarão bem menos do que esperavam.
Citando dados do Banco Central, a ‘Folha de S. Paulo’ noticiou que as bets devem movimentar no país até R$ 249 bilhões em 2024. Esta quantia representa 16 vezes o faturamento total da Globo no ano passado e cerca de 216 vezes as receitas do SBT no mesmo período.