Por um fio
O mandato do deputado estadual Rafael Tavares (PRTB) está com os dias contados. Cassado pelo TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul) por pura lambança do seu partido, que não cumpriu a cota mínima de participação das mulheres em sua chapa de candidatos nas eleições proporcionais de 2022, o parlamentar agora está nas mãos dos ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Crítico radical do governo Eduardo Riedel (PSDB) na Assembleia Legislativa, deve abrir espaço para o ex-deputado Paulo Duarte (PSB).
Sem eco
A cassação iminente do mandato de Tavares pode ser considerada um ponto de virada na política estadual. Além de abrir as portas para o retorno de Paulo Duarte à Assembleia, essa decisão também será motivo de comemoração para a base governista e, especialmente, para Eduardo Riedel. O enfraquecimento da oposição na Casa se torna ainda mais evidente, deixando a voz de resistência restrita ao deputado bolsonarista João Henrique Catan (PL).
Favorável
Aliás, com um cenário político favorável ao governo, que sempre teve maioria folgada na Assembleia Legislativa, Riedel e sua equipe continuam a avançar em suas agendas e propostas positivas para Mato Grosso do Sul, independente do tamanho da bancada de oposição. A política sul-mato-grossense apenas passará por mais essa transformação, e as consequências desse novo panorama serão observadas atentamente nos próximos capítulos.
Força feminina
Com a desistência do deputado estadual Zeca do PT de concorrer à sucessão da prefeita de Campo Grande,Adriane Lopes (PP), o Partido dos Trabalhadores se movimenta em direção a uma renovação de liderança feminina. Antenada à base governista que apoia o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com o aval de Zeca, a deputada federal Camila Jara (PT-MS) emerge como a franca favorita para ser indicada como candidata ao cargo nas eleições municipais de 2024.
Treta
Entretanto, Camila Jara não estará sozinha nessa disputa interna. Terá como concorrentes a ex-candidata ao governo do Estado, Gisele Marques, e as professoras Bartolina Ramalho Catanante, a Bartô, que angariou 3.489 votos para a Assembleia em 2022, e Eugênia Portela. A escolha do nome que representará o PT na corrida eleitoral promete ser um processo de debate e articulação, que definirá o rumo do partido na capital sul-mato-grossense nas eleições de outubro do próximo ano. Apesar do favoritismo da parlamentar, deve ocorrer alguma treta na hora da escolha, coisa absolutamente normal nos quadros do partido.
Por: Willams Araújo/Conjuntura Online