O deputado federal Gerado Resende (PSDB) merece ser estudado pela Nasa. Fez toda sua carreira política em Dourados, onde conquistou o primeiro mandato como vereador, depois foi eleito deputado estadual e deputado federal por diversos mandatos. Tentou se eleger prefeito e tomou uma chapuletada da então vereadora Délia Razuk. Ganhou a suplência da miss veneno na Câmara dos Deputados e preferiu o cargo de secretário de Estado da Saúde, deixando órfãos de representatividade federal toda Grande Dourados. Mudou-se de mala e cuia para Campo Grande e passou a ser um mero turista em Dourados. Foi eleito deputado federal em 2022 com 96.519 votos, sendo 15.283 de douradenses. Continuou morando em Campo Grande com a esposa e os filhinhos. Agora quer ser prefeito de Dourados, mesmo com residência fixa e escritório político na Capital. Raciocina comigo: se morando em Dourados, aterrissando por aqui toda quinta-feira e embarcando para Brasília nas manhãs de terça-feira, o “pai de todas as obras” não conseguiu se eleger prefeito, conseguirá agora que está residindo em Campo Grande? Vai vendo!
Deputado da Capital
O deputado Geraldo Resende poderia assumir de vez sua cidadania na Cidade Morena e tentar imitar o também médico André Puccinelli, que saiu de Fátima do Sul para ser prefeito de Campo Grande. Já está mais que provado que Geraldo conseguirá ser o que quiser na política, menos prefeito de Dourados porque a rejeição que colou nele na terra de Marcelino Pires jamais permitirá isso! A grande maioria dos douradenses enxerga no médico um político trabalhador e combativo, mas a grande parcela tem urticária só em pensar em tê-lo como prefeito. Já era!
Geraldo x Gordinho
Só para ter base, mesmo se alvorando como “pai de todas as obras” e tendo de fato trabalhado muito por Dourados, Geraldo Resende conquistou 15.283 votos no município em 2022, enquanto o tal Rodolfo Garcette Nogueira, que nunca fincou um prego em madeira podre no município e, ainda assim, recebeu 12.635 votos. Geraldo fez uma campanha forte, usando as obras asseguradas por emendas parlamentares e sua atuação como secretário de Estado da Saúde durante a pandemia de Covid-19 e teve menos de 3 mil votos a mais que o tal Rodolfo, que passou a campanha toda mentindo que era o “Gordinho do Bolsonaro”. Espia só!
Escritório na Capital
Durante toda sua vida política, Geraldo Resende manteve escritório do mandato em Dourados, onde recebia prefeitos, vereadores e lideranças de toda Grande Dourados. Chegou a ter mais de uma dúzia de assessores contratados pela Câmara dos Deputados para trabalhar no escritório político de Dourados. Agora, o deputado preferiu concentrar o mandato em Campo Grande, onde montou o escritório na Avenida Afonso Pena, número 2440, Bairro Santa Fé. Diz a lenda que a decisão foi por livre e espontânea pressão da patroa, que não quer nem saber de voltar para Dourados com os pimpolhos! Será que se for eleito prefeito, Geraldo fará um bate e volta todo dia?
Puxadinho Tucano
Enquanto Campo Grande ganhou um escritório político ajeitado, a representatividade política do mandato de Geraldo Resende em Dourados ficou limitada a uma sala no imóvel que foi cedido para servir de sede ao Diretório Municipal do PSDB. É nesta sala que dão expediente os assessores Anderson Adriano Nunes Leite, Gisele Gonçalves Martins, Ricardo Campos Minella e Wilson Brum Trindade Junior. Muito provavelmente, se não fosse a esperança de disputar a Prefeitura de Dourados até mesmo o puxadinho tucano não existiria. Vai saber!
Patrimônio Douradense
Com patrimônio declarado à Justiça Eleitoral de quase R$ 5 milhões, Geraldo Resende pode, pelo menos afirmar, que mudou-se para Campo Grande, mas continua com os imóveis em Dourados. Na declaração à Justiça Eleitoral em 2022 aparece um apartamento avaliado em R$ 1.220.000,00 e outro avaliado em R$ 1.605.000,00, além de veículos, aplicações financeiras que superam os R$ 500 mil e um terreno em Bonito. Se conseguir convencer a patroa a regressar à terra de Marcelino Pires, pelo menos Geraldo já tem onde morar! Menos mal!
Deputado Atuante
O fato é que como deputado federal Gerado Resende é um trator. Os gastos com cota para exercício da atividade parlamentar comprovam isso. Em fevereiro, o deputado usou R$ 33.713,88, com o valor saltando para R$ 62.558,30 em março e recuando para R$ 44.685,46 em abril. Em maio subiu para R$ 57.552,26, deu uma leve recuado em junho ficando em R$ 54.777,50 e atingindo a soma de R$ 255.183,86 no primeiro semestre de 2023.
Gastos com Gabinete
Já os gastos de Geraldo Resende com verba de gabinete ficaram bem maiores no primeiro semestre, atingindo a soma de R$ 488.296,09 com pagamento de salários de secretários parlamentares que trabalham para o mandato em Brasília e em Mato Grosso do Sul. nos estados. Geraldo Resende tem disponível R$ 118.376,13 todo mês, mas em fevereiro gastou R$ 65.791,20; em março foram gastos R$ 91.750,89 e em abril foram gastos R$ 102.592,53. Em maio foram usados R$ 115.290,53 e em junho foram R$ 112.870,94.
Gordinho do Hiran
Alguém sabe informar se o Diretório Estadual do Partido Liberal (PL) deu carta branca para o deputado federal Rodolfo Nogueira antecipar alianças com vistas às eleições municipais de 2024? Autoproclamado “Gordinho do Bolsonaro”, o amigo do Hiran Garcette perdeu o comando do PL em Mato Grosso do Sul para o deputado federal Marcos Polon, que já mandou avisar que toda conversação em torno das eleições municipais deverá passar por ele. O próprio Polon já manifestou intenção de disputar a Prefeitura de Campo Grande ano que vem com as bênçãos de Jair Bolsonaro. Vai vendo!