Home Bastidores Por unanimidade, conselheiros do TCE continuam afastados dos cargos em MS

Por unanimidade, conselheiros do TCE continuam afastados dos cargos em MS

by Alexandro Zinho
Compartilhe

Três conselheiros foram apontados no esquema de corrupção no Estado.

Três conselheiros foram apontados no esquema de corrupção (Foto: Divulgação).

A Corte Especial do STJ (Superior Tribunal de Justiça) decidiu na tarde desta quarta-feira (15) negar recurso para que os três conselheiros do TCE-MS (Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul) afastados dos cargos por suspeita de desvio de dinheiro público retornassem as funções e deixassem de ser monitorados por tornozeleiras eletrônicas.

A ação cautelar inominada criminal apresentada pelos advogados de defesa dos conselheiros Iran Coelho das Neves, Ronaldo Chadid e Waldir Neves Barbosa foi negada por unanimidade pelos ministros da Corte Especial do STJ.

Os três estão afastados das funções desde 8 de dezembro de 2022, quando uma força-tarefa formada pela Polícia Federal, Receita Federal e CGU (Controladoria-Geral da União) deflagrou a operação Terceirização de Ouro. A ação desarticulou um suposto esquema de desvio de recursos públicos por meio de fraude e superfaturamento em licitações e ainda lavagem do dinheiro.

Segundo a força-tarefa, além dos três conselheiros outros dois funcionários do TCE/MS e um ex-servidor do órgão fariam parte do suposto esquema. A investigação apontou que empresas “escolhidas” ganhavam as licitações do tribunal sem seguir as especificações necessárias e utilizando documentação falsa.

A Polícia Federal aponta que depois essas empresas devolviam aos envolvidos parte dos pagamentos.

Apenas uma das empresas envolvidas, a Dataeasy, que tem sede no Distrito Federal, recebeu, segundo as investigações da força-tarefa, mais de R$ 100 milhões do TCE/MS em licitações fraudulentas desde 2018.

Entre os gastos superfaturados, a força-tarefa descobriu, por exemplo, despesas de R$ 627 mil em doces apenas no mês de janeiro de 2019, pagos a uma confeitaria.

O afastamento dos conselheiros suspeitos dos cargos e o uso de tornozeleiras eletrônicas de monitoramento por um período de 180 dias foi determinado pelo próprio STJ.

Os advogados André Borges e Julicezar Barbosa, que representam o conselheiro Iran Coelho das Neves, lamentaram a decisão judicial. “Triste a decisão. A defesa continuará demonstrando que Iran Coelho das Neves é um conselheiro justo e honesto. A Justiça mais adiante certamente assim considerará”, apontaram.

Compartilhe

Esse site usa cookies para melhorar sua experiência. Nós assumimos que você ta ok com isso, porém você também não aceitar. Eu aceito. Não aceito.

Olá, como posso te ajudar?