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Para 98% do mercado, política econômica do país está indo na direção errada, diz pesquisa

by Alexandro Zinho
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Pesquisa realizou 82 entrevistas, entre os dias 10 a 13 de março, com fundos de investimentos com sede em São Paulo e Rio de Janeiro.

O risco de recessão do Brasil também foi questionado (Foto: Arquivo).

Pesquisa da Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (15), mostra que, para 98% dos agentes do mercado financeiro do Brasil, a política econômica do país está indo na direção errada. Apenas 2% dos entrevistados disseram que as propostas do governo seguem no caminho correto.

Em relação à expectativa com a economia para os próximos 12 meses, 78% responderam que a tendência é de piora. Para a opinião pública em geral, 62% esperam melhora no período, compara a pesquisa O Que Pensa o Mercado Financeiro.

O risco de recessão do Brasil também foi questionado. Dentro do mercado, 73% dos entrevistados responderam que o país corre o risco de uma recessão econômica. Já 27% descartaram esse risco.

Por fim, o questionário pergunta sobre expectativa em relação aos investimentos externos no Brasil nos próximos anos. Para 42% dos agentes, os investimentos devem diminuir, enquanto 20% espera que eles aumentem nos próximos anos.

A pesquisa realizou 82 entrevistas, entre os dias 10 a 13 de março, com fundos de investimentos com sede em São Paulo e Rio de Janeiro. A coleta dos dados foi realizada por meio de entrevistas online por meio da aplicação de questionários estruturados.

Governo e Banco Central

Para 90% dos entrevistados, a relação do governo Lula com a diretoria do Banco Central é negativa. Apenas 1% respondeu como sendo positiva e 9% disseram ser regular.

Para os próximos 6 meses, essa relação deve piorar para 43% dos agentes, enquanto 49% disseram que deve ficar igual. Apenas 7% deles possuem uma expectativa de que a relação deve melhorar.

A pesquisa perguntou sobre o corte da taxa de juros. Para 45% dos respondentes, a chance do Banco Central antecipar os cortes de juros nos próximos 6 meses é baixa. Já 39% consideram regular a possibilidade. E 16% enxergam uma alta possibilidade de antecipação do corte.

Por fim, neste recorte, o instituto questionou sobre qual a chance da exoneração do presidente do BC nos próximos 6 meses. Essa expectativa é baixa pra 89% dos entrevistados e regular para 9%. Para 2% é chance é alta.

Taxa Selic

Com relação à expectativa da Selic no fim do ano, 59% dos respondentes afirmaram que deve ser menor que 13%, enquanto 32% disseram que deve ser maior. 9% consideraram que a taxa deve ser igual a 13%.

Dívida pública

O questionário perguntou aos entrevistados se a política fiscal do governo vai gerar sustentabilidade da dívida pública. Para 90% deles, a política fiscal proposta não deve gerar sustentabilidade, enquanto 9% disseram que deve gerar sustentabilidade.

Na avaliação de 32% dos agente do mercado, o controle de gastos é o ponto mais importante no novo desenho do arcabouço fiscal. Em seguida, eles citam a punição para o não cumprimento (12%), a estabilização da dívida pública (12%) e a redução do défict (8%).

Sobre o superávit primário necessário para sustentabilidade da dívida pública, 49% dos entrevistados disseram que o correto seria entre R$ 150 bilhões e R$ 200 bilhões.

Para os próximos 6 meses, 61% dos entrevistados, as chances de aprovação são altas, 31% disseram que são regulares e 8% que são baixas.

Reforma tributária

Já sobre a aprovação da reforma tributária nos próximos 6 meses, 41% dos respondentes consideram asa chances como regular, 32% disseram que são altas e 26% que são baixas.

Com relação à unificação dos impostos no IVA (imposto único), 98% dos agentes financeiros afirmaram que é a decisão correta, enquanto 2% consideraram uma decisão errada.

Sobre o valor da alíquota única de 25% para o IVA, como estima a equipe econômica, 44% dos entrevistados consideram como um valor ideal, 42% consideram acima do ideal e 5% disseram ser abaixo do ideal.

Os entrevistados disseram ainda quais as chances de o governo implementar um imposto sobre lucros e dividendos nos próximos 6 meses. Para 66% deles, as chances são altas, enquanto 19% disseram considerar regular e 15% consideram baixas.

O mesmo foi questionado sobre um imposto sobre grandes fortunas. Nos próximos 6 meses, 49% responderam que as chances são baixas, 34% regular e 18% altas.

Inflação

Para 68% dos entrevistados, o governo não está preocupado com o controle da inflação, enquanto para 32% existe essa preocupação no horizonte.

Sobre o acumulado do IPCA para este ano, 36% deles acreditam que deve ser maior que 6%, enquanto 33% disseram que deve ser menor que 6%. Já 22% acreditam que será igual a 6%.

Para os próximos 6 meses, 57% dos respondentes afirmaram que as chances de o governo alterar as metas de inflação são altas. 31% pensam que as chances são regulares e 11% disseram que são baixas.

Câmbio

A estimativa para a cotação do dólar no final do ano é de que seja maior que R$ 5,30 para 46% dos entrevistados. Já 33% pensam que a moeda terminará 2023 menor que R$ 5,30 e 15% acreditam que será igual a R$ 5,30.

Governo Lula

A avaliação do governo Lula por parte do mercado financeiro é negativa para 90% dos respondentes e regular para 10%, sem avaliações positivas.

Já para a opinião pública, comparada pela pesquisa, 40% consideram o governo positivo, 24% regular, 20% negativo e 16% não souberam ou não responderam.

Sobre o ministério da Fazenda e o ministro Fernando Haddad, a maior parte dos agentes econômicos consideram o ministro como regular (52%), seguido pela opinião negativa (38%) e a positiva (10%).

Com Informações: CNN

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