O ex-governador André Puccinelli (MDB), que lidera todas as pesquisas de intenção de voto para o governo de Mato Grosso do Sul, passou o dia hoje analisando nomes de Dourados para ser candidato a vice-governador na chapa que vai disputar com Eduardo Riedel (PSDB), Rose Modesto (União Brasil) e Marquinhos Trad (PSD) a sucessão do governador Reinaldo Azambuja (PSDB). Como as pesquisas mostram que a pré-candidatura dele está consolidada entre os eleitores de Campo Grande, onde foi prefeito por dois mandatos (1997/2000 e 2001/2004) e promoveu uma verdadeira transformação na Cidade Morena, André Puccinelli agora tentar repetir a formula vitoriosa das eleições de 2006 quando escolheu o douradense Murilo Zauith (União Brasil) como vice-governador e acabou derrotando o senador Delcídio do Amaral (ex-PT e atua PTB). O italiano tem consciência do peso político de Dourados nas eleições deste ano e mira não apenas os eleitores da segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul, mas, sobretudo, os 35 municípios que formam a região da Grande Dourados e que concentram mais de 600 mil votos, ou seja, 1/3 de todos os eleitores de Mato Grosso do Sul. A coluna apurou que a vice dos sonhos de André Puccinelli é a médica Cristiane Iguma Câmara (MDB), esposa do deputado estadual Renato Câmara (MDB), mas que tudo ficou apenas nos sonhos já que ela teria declinado o convite para seguir focada exclusivamente no projeto da construção de uma unidade Hospital do Amor em Dourados, voltado para o tratamento de pacientes com câncer e que teria como base o Hospital do Amor de Barretos (antigo Hospital do Câncer). Com a médica fora dos planos, André Puccinelli passou a analisar o nome do próprio Renato Câmara, mas o deputado teria manifestado que a prioridade no momento é buscar mais um mandato na Assembleia Legislativa. Quem também entrou na alça de mira do pré-candidato ao governo do Estado foi o vereador Laudir Munaretto (MDB), que também se amolda como luva na pesquisa qualitativa realizada por um instituto de Curitiba para apontar o perfil do vice ideal para André Puccinelli. O presidente da Câmara Municipal de Dourados, no entanto, insiste na pré-candidatura para deputado federal, mesmo sabendo que o MDB deve eleger apenas um nome e que o preferido do partido é o ex-deputado federal e ex-senador Waldemir Moka. Na leitura de Laudir, em caso de eleição de André Puccinelli para o governo do Estado, o eleito Waldemir Moka se licenciaria para atuar como Secretário de Estado e abriria a vaga para o primeiro-suplente, posição que o vereador douradense espera ocupar. Vai vendo!
Dobradinha com Murilo
Impedido de contar com Murilo Zauith como vice, já que o atual vice-governador está filiado ao União Brasil, partido que carrega a candidatura da deputada federal Rose Modesto para o governo do Estado, o ex-governador André Puccinelli também analisa a possibilidade de ter Murilo representado na chapa majoritária através do seu fiel escudeiro Domingos Venturini, o Professor Domingos. Essa possibilidade que vem sendo avaliada por Puccinelli explica o fato de o principal assessor de Murilo Zauith ter se filiado ao MDB no último dia do prazo para eventual candidatura. Na época ninguém entendeu porque o Professor Domingos foi para o partido de André Puccinelli ao invés de seguir no União Brasil, onde Murilo Zauith tem o comando ao lado da senadora Soraya Thronicke.
Perfil da Qualitativa
A pesquisa qualitativa realizada pelo povo do Paraná a pedido de André Puccinelli aponta que o Professor Domingos tem o perfil ser vice-governador na chapa do MDB. Debutante na política partidária, o homem forte de Murilo Zauith tem atuação destacada no meio empresarial da Grande Dourados, estando presente na direção da Associação Comercial e Empresarial (Aced) nos últimos anos, além de trânsito nas classes A e B por sua condição de professor universitário, auditor e aviador. Domingos também goza de elevado prestígio entre a cúpula militar de Dourados, onde desenvolve importantes projetos de colaboração com o Comando Militar do Oeste.
Defensores de Bolsonaro
O texto da última coluna com o título “Candidatos disputam Bolsonaro, que pode perder até mesmo em MS” recebeu críticas de eleitores do presidente Jair Bolsonaro e alguns chegaram a pedir para serem removidos da lista de transmissão da Malagueta. A coluna analisou que mesmo com elevado risco de ser derrotado ainda no primeiro turno pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), inclusive amargando derrota em Mato Grosso do Sul, os pré-candidatos ao governo do Estado Eduardo Riedel (PSDB) e Capitão Contar (PRTB) se acotovelaram em busca de uma fotografia ao lado de Bolsonaro. Por fim, a coluna observou que o melhor mesmo seria não contar com apoio do atual presidente a partir do momento em que as pesquisas apontam um crescimento considerável da intenção de voto em Lula não apenas em Mato Grosso do Sul, mas em todo Centro-Oeste e Norte do país. Foi a senha para as críticas, todas respeitadas e nenhuma respondida.
Transferência de Bolsonaro
Coincidentemente, um dia após a Malagueta analisar o eventual prejuízo que o apoio do presidente Jair Bolsonaro poderia causar às candidaturas de Eduardo Riedel e Capital Contar para o governo de Mato Grosso do Sul, a Folha de São Paulo publicou o resultado da pesquisa Datafolha confirmando que o chefe do Palácio do Planalto figura como o “pior padrinho político na disputa pelo governo de São Paulo”. Pesquisa realizada entre os dias 28 e 30 de junho, com 1.806 eleitores do Estado de São Paulo e registrada junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR-01822/2022, aponta que 64% dos entrevistados não votariam de forma alguma num nome apoiado por Jair Bolsonaro. Apenas 17% disseram que talvez pudessem votar no candidato do presidente e outros 17% responderam que votariam com certeza. Exatos 2% não souberam opinar.
Desempenho do Afilhado
O Datafolha mostrou ainda que o ex-ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas (Republicanos), candidato de Jair Bolsonaro para o governo de São Paulo, aparece com apenas 13% das intenções de foto, empatado com o atual governador Rodrigo Garcia (PSDB). Na frente de ambos está o ex-prefeito paulistano Fernando Haddad (PT), que aparece com 34% das intenções de voto, ou seja, 20 pontos percentuais a mais que o nome que tem o apoio do presidente da República. Fernando Haddad, por sua vez, tem como padrinho Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a pesquisa Datafolha apontou que 51% dos entrevistados em São Paulo não votariam no nome indicado por ex-presidente, enquanto 23% talvez votasse e 24% declararam que votariam com certeza em um nome indicado por Lula.
Federal por Dourados
O médico Dr. Guto, vice-prefeito de Dourados, afirmou hoje à coluna que a pré-campanha para deputado federal está ganhando força em todo Mato Grosso do Sul e que o nome dele já figura como uma das forças do Podemos para chegar à Câmara dos Deputados. O vice-prefeito passou as últimas semanas percorrendo todas as regiões do Estado ao lado da deputada federal Rose Modesto (União Brasil), pré-candidata ao governo do Estado, onde recebeu apoio de centenas de lideranças. Em Dourados, Dr. Guto tem como principal apoiador o atual vice-governador Murilo Zauith (União Brasil), que não tem medido esforços para viabilizar uma forte estrutura de campanha.
Federal da Sanesul
Ganhou corpo também em todo o Estado, depois da divulgação pela Malagueta, a pré-candidatura da servidora de carreira da Sanesul, Maria Lúcia Nogueira Fernandes, a Malu (Republicanos), para deputada federal. A pré-candidatura lançada pelo governador Reinaldo Azambuja e pelo presidente da Executiva Estadual do PSDB, Sérgio de Paula, ganhou corpo rapidamente nos 68 municípios atendidos pela Sanesul em todo o Estado. A principal plataforma política de Malu é voltada para o social, sobretudo para a atenção integral às crianças com deficiência. Contudo, por estar há mais de 30 anos na linha de frente da Sanesul a candidatura dela é vista com empolgação entre os milhares de servidores que trabalham na estata em todo Mato Grosso do Sul.
Quantitativo Eleitoral
O Tribunal Superior Eleitoral publicará no dia 11 de julho o número oficial de eleitoras e eleitores aptos a votar nas eleições gerais deste ano. Esse número servirá de base para fins de cálculo do limite de gastos dos partidos e candidatos nas respectivas campanhas. Começou a contar hoje e vai até o dia 3 de agosto o prazo para que juízas e juízes eleitorais nomeiem os eleitores que farão parte das mesas receptoras de votos e de justificativas. Também serão escolhidas as pessoas que darão apoio logístico nos locais de votação. Já as convenções partidárias para escolha de candidatos e definição de coligações majoritárias devem ser realizadas entre os dias 20 de julho e 5 de agosto.