Em 2016, no auge do mandato de deputado estadual, Marquinhos Trad decidiu disputar a Prefeitura de Campo Grande com o desafio de repetir a história do irmão, Nelsinho Trad, eleito duas vezes para o mesmo cargo. Naquele ano, a então vice-governadora Rose Modesto, que havia saído de Fátima do Sul para construir uma carreira política em Campo Grande, polarizou a disputa com Marquinhos Trad e levou a decisão para o segundo turno, quando o então deputado conquistou 241.876 votos, correspondente a 58,77% do total. Rose Modesto, candidata do PSDB do governador Reinaldo Azambuja, fez bonito nas urnas e conquistou 169.660 votos, correspondente a 41,23% dos votos válidos. Dois anos depois, Rose Modesto foi eleita deputada federal, enquanto Fábio Trad (PSD), irmão de Marquinhos, saiu da condição de suplente convocado para um mandato conquistado nas urnas. Essa eleição de 2018, quando Nelsinho Trad (PSD) também foi eleito senador da República, consolidou no clã político dos Trad a fama de não cumpridor de acordos firmados e compromissos políticos assumidos. Ainda assim, em 2020, quando Marquinhos foi para a reeleição na Prefeitura de Campo Grande, o hoje prefeito Facebook firmou com o governo do Estado o seguinte acordo: você não deixa a Rose Modesto sair candidata à prefeitura e eu apoio seu candidato ao governo em 2022. A cúpula do PSDB acreditou e Marquinhos roeu a corda, se lançando agora candidato ao governo. A expectativa do prefeito Facebook é patrolar as lideranças do interior nas eleições gerais deste ano, mas deve ter esquecido um detalhe pequeno: a patrola (ou seria o Patrola) que ele e o clã usam em suas costuras políticas está sem diesel para fazer as terraplanagens típicas de período pré-eleitoral. Se com a patrola bem azeitada e abastecida com diesel S-10 o clã Trad não cumpria os acordos firmados com lideranças estaduais, imagina agora que a patrola (ou seria o Patrola) está com o tanque quase seco, operando na reserva. Essa mesma patrola foi usada, por exemplo, para fazer terraplanagem em favor de Fábio Trad nas eleições de 2018, em Fátima do Sul, quando uma dobradinha com o cardeal Londres Machado garantiu ao jurista da família Trad a condição de mais votado na Cidade Favo de Mel. Retornando à política depois de um período sabático, Londres Machado foi seduzido pelo ronco da patrola, contratou um monte de trator, pá-carregadeira, escavadeira para trabalhar na obra de Fábio Trad e quando a conta chegou ficou sozinho com a fatura nas mãos. O desgaste foi tamanho, que o marido da Dona Ilda acabou deixando o PSD depois de resolver o estrago feito pela patrola (ou seria pelo Patrola) em Fátima do Sul. A questão é uma só: se esse povo teve coragem para dar um tombo no Londres Machado, imagina o que o clã não seria capaz de fazer com prefeitos e vereadores que embarcarem nessa aventura de disputa pelo governo do Estado tendo o prefeito Facebook como candidato. Vai vendo!!!
Pesquisa Broxante
Se estiver dependendo da aprovação do mandato em Campo Grande para sair candidato ao governo do Estado, é bem provável que o prefeito Facebook desista da prometida renúncia. Pesquisa realizada pelo Instituto Ranking junto a 1000 moradores das regiões do Anhanduizinho, Bandeira, Centro, Imbirussu, Lagoa, Prosa, Segredo e Distritos de Anhanduí e Rochedinho, não é nada animadora para o staff do prefeito. A pesquisa foi registrada junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) sob o número BR-05598/2022.
Avaliação do Prefeito
O entrevistador fez a seguinte pergunta a cada um dos 1000 entrevistados entre os dias 18 e 22 de março: como você avalia a administração do prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad? Exatos 29,10% disseram que a gestão atual é boa ou ótima, enquanto 37% classificaram o governo municipal como regular. Detalhe pequeno: para exatos 31,2% o governo Marquinhos Trad é ruim ou péssimo, percentual que supera o bom ou ótimo. Por fim, 2,7% não souberam ou não responderam à pergunta.
Busão do Nelsinho
O calcanhar de Aquiles do governo Marquinhos Trad parece estar no transporte coletivo. Apenas 4% dos entrevistados apontaram esse serviço como bom ou ótimo, enquanto 10,20% classificaram como regular e 80,50% afirmaram que o transporte coletivo gerenciado pela Prefeitura de Campo Grande é ruim ou péssimo. Outros 5,30% dos entrevistados não souberam ou não quiseram responder a pergunta: como você avalia o transporte coletivo de Campo Grande. Se fosse vereador, Marquinhos Trad poderia fazer o que passou os mandatos fazendo na Assembleia Legislativa: criaria uma CPI do Transporte Coletivo. A pesquisa Ranking apurou que 80,10% dos entrevistados apoiam a instalação de uma CPI para investigar o setor, contra 9,50% que não apoiam e 10,40% que não sabem ou não responderam.
Saúde do Marquinhos
Enquanto nas mídias sociais o prefeito apresenta uma saúde pública de primeiro mundo, na vida real a situação parece ser bem diferente. O Ranking perguntou: como você avalia o serviço de saúde oferecido pela Prefeitura de Campo Grande? Apenas 13% classificaram o setor como bom ou ótimo. Para 40,10% dos entrevistados, a saúde gerenciada por Marquinhos Trad é regular. Outro detalhe pequeno: exatos 42,50% classificaram o setor como ruim ou péssimo. Ainda sobre a saúde, o Ranking perguntou: como você avalia o atendimento nas unidades de saúde de Campo Grande? Exatos 11,20 consideram bom ou ótimo, enquanto 39,30% classificam como regular e 44% disseram que o atendimento é ruim ou péssimo. Vai vendo!
Justificando Maymone
A Malagueta informou ontem que a atual secretária-adjunta da Secretaria de Estado da Saúde, Crhistinne Cavalheiro Maymone Gonçalves, que é professora de Saúde Coletiva na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), teria sido preterida em favor de Flávio da Costa Britto Neto para assumir o lugar do médico Geraldo Resende, que deixará o comando da Pasta para se candidatar a uma cadeira de deputado federal. Logo pela manhã, o próprio Geraldo Resende manteve contato para afirmar que “a fonte da coluna era furada”. O ainda secretário jura que Crhistinne Maymone foi convidada para sucede-lo no cargo, mas que teria declinado ao convite por preferir seguir na função que ocupa atualmente. Então tá…
Substituto Intragável
Sobre a informação que os servidores da Secretaria de Estado de Saúde teriam perdido o sono desde que souberam que terão que ficar subordinado ao autoritário e intragável Flávio Britto, o secretário Geraldo Resende não disse uma linha. Ele também não confirmou ou negou que seu assessor por mais de 20 anos teria sido escolhido pela cúpula do governo do Estado para assumir uma Pasta tão importante quanto a da Saúde. Espia só…
Mudança em Naviraí
A cirurgiã-dentista Rhaiza Rejane Neme de Matos, atual prefeita de Naviraí, está conseguindo deixar a população literalmente de boca aberta nestes 1 ano e 3 meses de governo. Com servidores do alto escalação citados em tramoias, conchavos e acordos não republicanos, sobretudo na Gerência de Obras, a herdeira política do saudoso Onevan de Matos preferiu exonerar o auditor fiscal tributário Josemar Tomazelli da função de Gerente de Finanças do Município de Naviraí depois que o servidor alertou para eventuais desvios praticados por membros do alto comando. Ontem mesmo, a Gerência de Finanças passou a ser comandada por Viviane Ribeiro Bogarim Capilé. Detalhe: a Gerente-Geral do Executivo, Maria Paula de Castro Alipio, e o Gerente de Obras, Jorge Luis de Lúcia (importado de Dourados) continuam firmes e fortes nos respectivos cargos!