Home Agronegócio Doença do Edema: Desafios e Prevenção na Suinocultura Pós-Desmame

Doença do Edema: Desafios e Prevenção na Suinocultura Pós-Desmame

by Alexandro Zinho
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A doença reduz o desempenho dos suínos, causando altas taxas de mortalidade, e exige atenção redobrada na fase pós-desmame.

A fase pós-desmame é um período crítico na suinocultura, caracterizado por desafios nutricionais, ambientais e de manejo. Durante essa etapa, muitos produtores enfrentam perdas significativas na produção devido a surtos de doenças que comprometem a saúde e o desempenho dos leitões. Entre as enfermidades mais preocupantes está a doença do edema (DE).

Essa toxinfecção, provocada pela bactéria Escherichia coli produtora da toxina Shiga2 (Vt2e), afeta principalmente leitões entre 4 e 15 dias após o desmame, mas também pode incidir sobre suínos em crescimento de 30 a 90 dias. A doença reduz o desempenho dos suínos e pode resultar em altas taxas de mortalidade. Nos casos clássicos, os sintomas incluem edema facial, inchaço nas pálpebras, incoordenação motora e andar cambaleante, que pode evoluir para a paralisia total dos membros. Em casos mais agudos, os animais podem morrer repentinamente, sem apresentar sinais clínicos.

O diagnóstico da doença do edema é desafiador, pois sua evolução é rápida e seus sintomas podem se sobrepor aos de outras doenças. No entanto, exames laboratoriais, como a cultura bacteriana do conteúdo intestinal ou swabs retais, podem ajudar na identificação. Quando há elevados índices de mortalidade na propriedade, técnicas de necropsia e histopatologia, especialmente a identificação do gene Vt2e via PCR, são fundamentais para o diagnóstico definitivo, conforme explica Pedro Filsner, médico-veterinário gerente nacional de serviços veterinários da Ceva Saúde Animal.

O tratamento geralmente envolve a administração de antibióticos para combater a infecção bacteriana, além de terapias de suporte, como fluidoterapia e controle da dor.

Fatores como mudanças ambientais pós-desmame, alterações abruptas na alimentação, estresse dos leitões, mistura de leitegadas na mesma baia, superlotação, higiene inadequada, grandes variações de temperatura e umidade, e a falta de vazio sanitário durante a troca de lotes aumentam o risco de ocorrência da doença.

Devido aos prejuízos significativos causados pela presença da doença, a prevenção é essencial para garantir a produtividade da granja. Pedro Filsner destaca que um manejo adequado, aliado à vacinação, são os pilares para manter uma granja livre da doença do edema, assegurando a saúde dos suínos e a sustentabilidade econômica da produção.

Adotar uma abordagem integrada de manejo é fundamental para proteger os animais e garantir a rentabilidade da suinocultura.

Fonte: Portal do Agronegócio

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