O relatório analisa o progresso das culturas e os obstáculos climáticos enfrentados pelos agricultores em várias regiões do país.
Essa informação foi revelada no Monitoramento Semanal das Condições das Lavouras, publicado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nesta segunda-feira (06).
Mato Grosso e Rio Grande do Sul: extremos climáticos
Em Mato Grosso, que é o principal produtor, as chuvas fortes atrasaram a colheita, mas favoreceram o crescimento das plantas. No entanto, a umidade excessiva resultou em um aumento nos problemas com doenças, exigindo um controle fitossanitário mais rigoroso. Por sua vez, no Rio Grande do Sul, a falta de chuvas prejudicou o desenvolvimento das lavouras, levando algumas áreas a precisar replantar após o cultivo inicial realizado em dezembro.
Mato Grosso e Rio Grande do Sul: extremos climáticos
No Paraná, as chuvas recentes ajudaram a restabelecer a umidade do solo, criando condições favoráveis para o desenvolvimento das culturas. Em Goiás, a maior parte das áreas já se encontra na fase de enchimento dos grãos, com as precipitações contribuindo para um crescimento saudável das plantações.
Desafios climáticos em outros estados
Em Mato Grosso do Sul, a umidade elevada contribuiu para o surgimento de doenças, levando os agricultores a aumentar a aplicação de fungicidas. Em Minas Gerais, as chuvas em excesso atrasaram a utilização de defensivos em diversas áreas, enquanto na Bahia, as plantações estão se desenvolvendo bem, sem relatos significativos de pragas ou enfermidades.
As lavouras em São Paulo, que estão nas fases reprodutivas, apresentam condições gerais favoráveis. No Tocantins, uma grande parte das áreas já atingiu essa fase reprodutiva conforme o cronograma previsto.
Regiões do MATOPIBA e Santa Catarina
No Maranhão, o plantio nas regiões Oeste e Centro reflete a irregularidade das chuvas, resultando em lavouras com diferentes estágios fenológicos. No Piauí, apesar da variação nas chuvas, as condições gerais das plantações são consideradas satisfatórias.
Em Santa Catarina, a semeadura da primeira safra está quase finalizada e a safrinha deve ser iniciada até o final de janeiro. Por outro lado, no Pará, o andamento é mais lento em regiões como Santarém e Paragominas, havendo necessidade de replantio em áreas impactadas por chuvas irregulares.
O relatório da Conab destaca que, mesmo diante dos desafios climáticos enfrentados, a safra de soja no Brasil está progredindo de maneira consistente e há expectativas otimistas para o desenvolvimento das lavouras.
Fonte: Portal do Agronegócio