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Suplementação Proteica Otimiza Desempenho e Rentabilidade dos Bovinos Durante a Estiagem

por Alexandro Zinho
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Cuidados essenciais para melhorar a eficiência produtiva e a saúde dos rebanhos em períodos de seca.

Durante a estiagem, um dos principais desafios enfrentados pelos pecuaristas é a queda no ganho de peso dos bovinos, causada pela redução da disponibilidade e do valor nutritivo dos pastos. Esse problema não só afeta o desempenho dos animais, mas também pode comprometer sua saúde geral. Para enfrentar essas adversidades, a suplementação proteica se torna uma ferramenta crucial, conforme explica o zootecnista Erick Escobar, consultor técnico da Trouw Nutrition.

“Como identificar a necessidade de suplementação? Observe os sinais dos animais, como a forma das fezes, que pode indicar se a dieta precisa ser ajustada. Fezes aneladas, por exemplo, sugerem uma taxa de passagem lenta e menor ganho de peso, enquanto fezes pastosas e com formato de ‘vulcão’ indicam uma taxa de passagem adequada e melhor aproveitamento da dieta”, alerta Escobar.

Escolher o suplemento correto deve levar em conta as necessidades específicas do rebanho e as condições da propriedade. Durante a estiagem, a proteína é o principal nutriente limitante. Muitas vezes, os níveis de proteína na forragem ficam abaixo do mínimo necessário (6 a 7% de proteína bruta), prejudicando o funcionamento do rúmen, a digestibilidade da fibra e o consumo total de matéria seca. A suplementação proteica tem como objetivo melhorar a digestibilidade da forragem e o desempenho dos animais, mesmo com a oferta limitada de pasto.

“As estratégias mais eficazes incluem o uso de suplementos específicos, como o Lambisk S, para bovinos em recria. Esse suplemento pode proporcionar um ganho adicional de 0,15 a 0,20 kg/dia em comparação com a suplementação mineral convencional. Para garantir que todos os animais recebam a quantidade adequada de suplemento, é essencial ter uma área de cocho suficiente, recomendando-se 12 a 15 centímetros por cabeça”, explica o consultor.

Além da dieta, outras práticas de manejo também ajudam a mitigar os impactos da seca. O diferimento das pastagens, por exemplo, é uma técnica eficaz que consiste em vedar cerca de 30% da área de pastagem por 60 a 120 dias antes do período de estiagem. Isso permite acumular massa de forragem suficiente para o início da seca. Essa prática é especialmente eficaz em pastos formados por plantas do gênero Brachiaria, que possuem características morfológicas favoráveis, como uma maior proporção de folhas em relação aos colmos.

“O acompanhamento nutricional e o ajuste da dieta dos animais ao longo da seca são essenciais para antecipar problemas e garantir resultados alinhados ao planejamento. Com uma gestão cuidadosa da nutrição e práticas de manejo adequadas, os produtores podem superar os desafios da estiagem e manter a produtividade e rentabilidade de suas fazendas”, conclui Erick Escobar.

Fonte: Portal do Agronegócio

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