Um acessório da marca Cartier, feito com ouro branco de 18 quilates e prata 750.
Segundo a análise realizada pela área técnica do Tribunal de Contas da União (TCU), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não terá que devolver um relógio luxuoso recebido como presente durante seu primeiro mandato em 2005. Lula optou por ficar com um Cartier Santos Dumont avaliado em R$ 60 mil.
O relógio é confeccionado com ouro branco de 18 quilates e prata 750, apresentando uma coroa adornada com uma safira azul. Trata-se de um dos modelos mais tradicionais da renomada marca francesa.
A auditoria concluiu que presentes de alto valor comercial, mesmo que sejam considerados itens personalíssimos, devem ser devolvidos à União. Mas, no caso de Lula, isso não foi recomendado, pois a área técnica avaliou que o entendimento não pode ser aplicado de maneira retroativa. O parecer foi elaborado pela Unidade de Auditoria Especializada em Governança e Inovação do TCU.
O deputado federal Sanderson (PL-RS) pediu ao TCU uma apuração sobre os presentes oficiais mantidos pelo petista. Na representação, o parlamentar citou ainda o relógio Piaget, avaliado em R$ 80 mil, que ficou famoso por aparecer em fotos de Lula em 2022. Porém, como esse item não foi citado na lista de presentes oficiais, a área técnica do TCU considerou que não poderia avaliá-lo.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), por outro lado, é alvo de um inquérito que apura um suposto esquema de desvio de joias presenteadas à União por autoridades estrangeiras. Em março de 2023, o tribunal já havia determinado a devolução de relógios de luxo recebidos por membros da comitiva de Bolsonaro que viajaram a Doha, no Catar, em 2019.
Com informações: AE