Home Bastidores ‘Lula dá mais uma facada pelas costas em Haddad’, diz colunista

‘Lula dá mais uma facada pelas costas em Haddad’, diz colunista

por Alexandro Zinho
Compartilhe

Fernando Canzian, da Folha de S.Paulo, expôs o desentrosamento entre Lula e o ministro da Fazenda.

O colunista da Folha de S.Paulo, Fernando Canzian, publicou um artigo, nesta terça-feira (7), criticando o notório desentrosamento entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente Lula.

Canzian se baseou nas recentes declarações do chefe do Executivo, durante o programa oficial Bom dia, Presidente, para concluir que “o governo não atacará o déficit nas contas públicas que paralisa o país há anos — desde que sua protegida Dilma Rousseff arruinou o Orçamento”. E expôs a tacanha análise do petista sobre políticas fiscais.

– Eu, às vezes, fico um pouco irritado com esse negócio de déficit primário: vai ser zero, não vai ser zero. Veja, isso é uma discussão que nenhum país do mundo faz – disse Lula.

Lula também declarou que “a dívida pública bruta dos Estados Unidos é 112% do PIB. A dívida do Japão é 235% do PIB. A dívida da Itália é quase 200%. Ou seja, esse não é o problema. Não é o problema ficar só olhando que você não pode gastar tanto. Você tem que saber se você está gastando ou se você está investindo”.

– Mas a diferença fundamental é que os países citados por Lula têm dólares, ienes e euros como moedas. E o Brasil, o real, que se desvaloriza frente a elas cada vez que o país aumenta o rombo em suas contas – observou o cronista.

Fernando advertiu ainda que “desde que o governo abandonou há algumas semanas as metas do arcabouço fiscal que ele próprio criou, os juros futuros de dez anos no país não param de subir, o que limitará investimentos privados”.

– Na entrevista, Lula disse que aprendeu economia com a mãe. O que dona Lindu não explicou é que esses países só podem ter dívidas altas, porque suas moedas são consideradas reserva de valor. E que são ricos, com imensas classes médias. Assim, têm espaço para elevar a carga tributária e diminuir o endividamento em caso de emergência.

O texto finaliza expondo a tentativa frustrada de um governo que não produz, sequer, entendimento interno.

– No conjunto, as declarações do presidente são mais uma facada pelas costas no ministro Fernando Haddad, que vem ensaiando discussões — com medidas impopulares, mas necessárias — sobre ajustes mais duradouros na Previdência e na vinculação de gastos em saúde e educação. Ao que parece, o ministro vai ficar falando sozinho.

Compartilhe

Esse site usa cookies para melhorar sua experiência. Nós assumimos que você ta ok com isso, porém você também não aceitar. Eu aceito. Não aceito.

Olá, como posso te ajudar?