Home Agronegócio O Governo de Mato Grosso do Sul está incentivando a diversificação da produção local e atraindo investimentos para a citricultura no Estado

O Governo de Mato Grosso do Sul está incentivando a diversificação da produção local e atraindo investimentos para a citricultura no Estado

por Alexandro Zinho
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A estratégia de ampliar a variedade de produtos produzidos em Mato Grosso do Sul, implementada pelo governo estadual através da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), já está apresentando resultados. Recentemente, durante uma reunião com o governador Eduardo Riedel e o secretário Jaime Verruck, da Semadesc, o Grupo Cutrale anunciou um investimento de R$ 500 milhões para o plantio de 5 mil hectares de laranjas no Estado.

A Fazenda Aracoara, localizada às margens da rodovia BR-060, entre Sidrolândia e Campo Grande, é a área escolhida para receber esse investimento. A Cutrale, empresa líder nas exportações brasileiras de laranja, planeja irrigar toda a área e plantar aproximadamente 1,73 milhão de pés de laranja.

O objetivo é expandir o projeto ao longo do tempo, alcançando uma área total de 30 mil hectares em um raio de 150 km da propriedade. Isso possibilitaria a produção necessária para viabilizar a instalação de uma futura indústria de processamento de suco de laranja em Mato Grosso do Sul – hoje o setor se concentra em São Paulo, e o território sul-mato-grossense surge como uma boa alternativa.

Segundo Jaime Verruck, secretário, a diversificação da base produtiva sul-mato-grossense é uma estratégia de desenvolvimento adotada pelo Governo Estadual.

“Fomos pioneiros com o cultivo do amendoim. Há três anos, impulsionamos a introdução do amendoim no estado e atualmente temos cerca de 8 mil hectares plantados. Trouxemos a cooperativa Casul, de São Paulo, para se instalar em Bataguassu e processar o amendoim. A própria Casul está colaborando com os produtores da região leste do estado”, lembrou.

Quanto às laranjas, o Governo identificou uma oportunidade. Com a propagação da doença greening em São Paulo e no Paraná, espera-se uma redução nos pomares nesses estados.

“Percebemos a oportunidade de cultivar laranjas em Mato Grosso do Sul devido ao greening. Iniciamos com um decreto de defesa vegetal para prevenir a entrada dessa doença em nosso estado, e já avançamos bastante nesse sentido. Nos próximos meses, assinaremos um acordo com a Fundecitrus para desenvolver a produção de laranjas em Mato Grosso do Sul”, explicou o secretário da Semadesc.

Ao mesmo tempo, o Governo do Estado entrou em contato com investidores de São Paulo que atuam no setor de laranja, encorajando-os a aproveitarem a oportunidade e se estabelecerem em Mato Grosso do Sul.

“A Cutrale já havia iniciado o plantio de 145 hectares de laranja em uma propriedade rural em Sidrolândia, há cerca de dois anos, para avaliar o desempenho das diferentes variedades. Agora, temos a expectativa de lançar, ainda em abril, nosso plano estadual de fruticultura, com medidas específicas para o cultivo de citros”, declarou Jaime Verruck.

O secretário ressalta a importância do anúncio da Cutrale, mencionando que recentemente foi firmado um projeto de 1 mil hectares de laranja irrigada em Paranaíba, e outro projeto está começando em Santa Rita do Pardo. Atualmente, há uma previsão de aproximadamente 6,5 mil hectares de laranja plantados em Mato Grosso do Sul, com sistema de irrigação. Além disso, as plantações de laranja estão sendo protegidas por um plano de defesa vegetal que está sendo implantado para evitar a propagação do greening em Mato Grosso do Sul”.

Além da questão da defesa vegetal, o secretário Jaime Verruck lembra que “a citricultura vai bem nas áreas mais arenosas, com menor teor de argila e isso é importante. Como a laranja está vindo com sistemas de irrigação, nós temos aí uma perspectiva de investimentos altos, mas com alta produtividade. Por isso, colocamos os projetos de implantação de sistemas de irrigação como prioridade nas linhas de financiamento do FCO (Fundo Constitucional de Desenvolvimento do Centro-Oeste). Também temos um desafio com relação à disponibilização de energia elétrica e, nessa questão, estamos trabalhando junto à Energisa”.

Com informações: Comunicação Semadesc

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