Home Bastidores “Estudos adicionais sobre povos indígenas começam a ser realizados pela Nova Ferroeste no Paraná e no Mato Grosso do Sul.”

“Estudos adicionais sobre povos indígenas começam a ser realizados pela Nova Ferroeste no Paraná e no Mato Grosso do Sul.”

por Alexandro Zinho
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A próxima fase da pesquisa sobre os povos indígenas da Nova Ferroeste focará na análise da vida cotidiana e da cultura de três terras indígenas no Paraná e uma no Mato Grosso do Sul. A lista inclui as terras indígenas Tupâ Nhe Kretã (localizada na Serra do Mar, em Morretes-PR), Boa Vista (em Nova Laranjeiras-PR), Guasú Guavirá (em Guaíra-PR) e o acampamento Pakurity, onde reside o povo Guarani em Dourados.

Durante os meses de janeiro e fevereiro, uma equipe do Governo do Paraná, juntamente com representantes da Funai de Brasília e dos escritórios regionais do Paraná e do Mato Grosso do Sul, estiveram presentes nas aldeias para estabelecer as diretrizes das atividades em colaboração com os caciques.

A Tupã Nhe Kretã abriga 36 habitantes, pertencentes às comunidades Guarani, Kaingang e Xetá. Já a região de Boa Vista tem 77 moradores da etnia Kaingang, e a Guasú Guavirá, a maior terra indígena do Paraná, conta com 1.360 habitantes.

O método utilizado agora será similar ao estudo conduzido em 2022 na Terra Indígena Rio das Cobras, com suas 10 aldeias e mais de 3 mil moradores. Os trilhos da Nova Ferroeste passarão próximo aos limites dessas terras, dentro de um raio de até 5 km do trajeto proposto.

A avaliação abrange a estrutura territorial, política e sociocultural dessas localidades. Esse trabalho está a cargo da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), contratada pelo Governo de Mato Grosso do Sul. Nas aldeias, uma equipe interdisciplinar composta por antropólogos, biólogos, sociólogos e historiadores atua por meio de workshops e levantamentos.

Estes encontros coletivos e entrevistas individuais são realizados para compreender as mudanças desencadeadas pela proposta do empreendimento.

De acordo com o coordenador dos estudos, Valdir Schwengber, o diagnóstico consiste num amplo raio-x da comunidade, do modo de vida e organização, além da fonte de obtenção de recursos e quais as maiores dificuldades.

“Quando entendemos o modo de vida avaliamos os potenciais impactos da Nova Ferroeste no seu cotidiano. A partir disso elaboramos as ações que devem ser feitas para mitigar ou compensar as mudanças”, destaca.

O Estudo do Componente Indígena (ECI) é parte do licenciamento ambiental, realizado junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama).

Outros órgãos como o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) já emitiram pareceres favoráveis ao empreendimento.

“Quando a Funai identificou a necessidade de novos estudos indígenas, fomos juntos a campo e realizamos visitas técnicas ao longo do traçado para identificar a existência dessas comunidades mais próximas à futura linha férrea”, explica o coordenador do Plano Estadual Ferroviário, Luiz Henrique Fagundes. “A partir daí foi elaborado um plano de trabalho que coube ao Governo do Paraná executar”.

A Nova Ferroeste vai ligar por trilhos Paraná, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina. O projeto vai fazer do Estado uma grande central logística e promover a redução de 30% no transporte de insumos e produtos, a maioria grãos e proteína animal.

Com informação: Comunicação Semadesc e da AEN-PR e Nova Ferroeste
Fotos: AEN-PR

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