Ex-presidente pretende contestar, por exemplo, a apreensão de seu passaporte.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vai recorrer das medidas restritivas impostas a ele pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito da Operação Tempus Veritatis, realizada na última quinta-feira (8) pela Polícia Federal (PF). Uma das contestações a serem feitas pelo ex-chefe do Executivo será a apreensão de seu passaporte.
A apresentação do recurso por Bolsonaro foi confirmada nesta quarta (14) pelo advogado e ex-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência, Fábio Wajngarten, à CNN Brasil. De acordo com a emissora, o argumento que será utilizado pela defesa do ex-presidente é que não há elementos que justifiquem a apreensão do documento.
Outro ponto que será citado pela defesa de Bolsonaro é que, ao deixar o Brasil por ocasião da posse de Javier Milei na Argentina, o ex-presidente comunicou o fato às autoridades. Por fim, os advogados pretendem citar que Bolsonaro já teria diversos convites para eventos e atividades no exterior com datas definidas.
Uma dessas agendas, segundo Wajngarten, seria um convite feito a Bolsonaro por autoridades de Israel para que o ex-presidente visite os locais onde ocorreram ataques do grupo terrorista Hamas e encontre familiares de reféns no conflito na Faixa de Gaza. Além desse, também estariam entre os compromissos no exterior uma visita a campos de concentração na Polônia e encontros no Bahrein.