Questionada sobre comprovações científicas, ela prometeu repassar aos deputados a lista dessas pesquisas.
A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados ouve nesta terça-feira (28) a ministra da Saúde, Nísia Trindade, sobre inclusão da vacina contra Covid-19 no Programa Nacional de Imunizações (PNI), tornando este imunizante obrigatório e anual para crianças a partir de seis meses e menores de cinco anos.
Parlamentares da oposição que fazem parte da comissão convocaram a socióloga para explicar a questão e ela trouxe alguns dados sobre a morte de crianças por conta da infecção pelo coronavírus.
Segundo a ministra, até a 43ª semana epidemiológica de 2023, dos 3.379 casos de síndrome respiratória grave causada pela Covid-19 em menores de um ano, 99 vieram a óbito. Já dos 1.707 casos de crianças de um a quatro anos, 31 evoluíram a óbito.
– Trata-se de dar à vacina contra Covid-19 o mesmo status das demais vacinas que compõem o Programa Nacional de Imunizações (PNI), porque essa é vacina se mostrou eficaz e efetiva. E ainda mais: porque se considera os dados epidemiológicos do país – defendeu a ex-presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) trouxe informações do governo da Dinamarca que indica a vacinação contra Covid-19 apenas para idosos e se desculpou por ter indicado a vacinação para crianças e cobrou comprovações científicas das vacinas.
Nísia diz que existem muitos estudos que comprovam a eficácia da vacinação contra Covid-19 e fez questão de elogiar os governos petistas por medidas como o PNI, Mais Médicos, Farmácia Popular e outros.
Questionada pelo aumento de mortes súbitas, a ministra disse que o parlamentar está causando pânico na população ao tentar associar essas mortes com a vacina contra a Covid-19, sem responder se o governo está ou não investigando os casos.
O deputado federal Evair Vieira de Melo (PP-ES) disse ainda que muitos países contestam as informações de que as vacinas contra a Covid são eficazes e pediu para que ela reforçasse as pesquisas que o governo atual usa para a vacinação de jovens e adultos.
– Estou baseada nas principais evidências científicas do mundo, há uma grande literatura sobre isso e posso te passar essas informações depois – respondeu a ministra.