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Brasil tem 6 milhões de mulheres a mais do que homens aponta IBGE

por Alexandro Zinho
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O balanço divulgado pelo IBGE mostra que o país tem 104 milhões e meio de mulheres, enquanto os homens são 98,5 milhões de pessoas, são 6 milhões de mulheres a mais do que homens.

O Brasil tem 6 milhões de mulheres a mais do que homens. É o que apontam dados do Censo de 2022. Dos 203.080.756 de residentes estimados, 51,5% eram mulheres (104.548.325) e 48,5% eram homens (98.532.431). Os números foram divulgados nesta sexta-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Havia 94,2 homens para cada 100 mulheres em 2022. Nas últimas décadas, se acentuou essa diferença na “razão de sexo”, índice que calcula a proporção de homens para cada grupo de 100 mulheres. Há 40 anos, em 1980, havia 98,7 homens para cada 100 mulheres no país. Em 2010, eram 96 homens para cada 100 mulheres.

A razão de sexo por grupos etários mostra maior proporção de homens desde o nascimento até os 24 anos. A partir do grupo etário de 25 a 29 anos, cresce a proporção de mulheres.

– As causas de morte dessa população jovem adulta masculina estão relacionadas a causas não naturais, que são as causas violentas, os acidentes, que acometem a população aí entre 20 e 40 anos de idade, muito mais do que as mulheres – explicou Izabel Guimarães, analista do IBGE responsável pela divulgação da pesquisa.

O Sudeste tinha a menor proporção de homens, com uma razão de sexo de 92,9 em 2022, enquanto a maior era a da região Norte, 99,7 homens para cada 100 mulheres. Segundo o IBGE, é a primeira vez que o Censo mostra um número de mulheres maior que o de homens no Norte.

Entre as unidades da federação, o Rio de Janeiro tinha a menor proporção de homens por mulheres, 89,4, enquanto o Mato Grosso tinha a maior, 101,3 homens por 100 mulheres.

Segundo Izabel Guimarães, a proporção de homens e mulheres é influenciada também por fatores como envelhecimento da população, migração, mercado de trabalho com oferta de empregos mais ligados a um dos gêneros, por exemplo, e até mesmo a existência de presídios, especialmente em municípios de pequeno porte.

A proporção média de homens diminui à medida que aumenta o porte populacional dos municípios. Em 2022, havia uma média de 102,3 homens para cada 100 mulheres nos municípios pequenos, com até 5 mil habitantes. Essa proporção média descia para 88,9 homens para cada 100 mulheres nos municípios maiores, com mais de 500 mil habitantes.

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